O Cepai (Centro Psíquico da Adolescência e da Infância) realizou ontem (quinta-feira) seu II Setembro Amarelo, com uma programação especial. Vários profissionais envolvidos na prevenção do suicídio apresentaram seus trabalhos, realizaram capacitação e discorreram sobre o assunto com servidores, pais e usuários do centro. Dentre os temas tratados durante o evento, estiveram “Depressão na Infância e Adolescência” e “Suicídio na Adolescência”.
Voluntários do CVV (Centro de Valorização da Vida), associação que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, estiveram pela manhã na unidade para falar sobre a importância de se ter alguém para conversar. Segundo o voluntário Luiz Augusto Souza, apesar de na maioria das ligações as pessoas demonstrarem angústia, muitas vezes elas querem falar sobre como estão felizes. “O que esperamos é que um dia o CVV não precise mais existir, que as pessoas possam ser mais unidas e escutar umas às outras”, afirmou Luiz.
O setembro amarelo fortaleceu-se no Brasil em 2014, seguindo a tendência de diversos países em deixar de tratar o suicídio como um tabu. “O CVV acredita que uma forma importante de se evitar novos casos é conversar sobre o assunto e derrubar mitos”, disse Luiz. Para a voluntária Soraia Maria de Andrade, vários fatores comprometem a saúde mental da sociedade, como o individualismo que impera hoje, rótulos e cobranças. “Todos os pedidos de ajuda devem ser levados a sério. Parar para ouvir quem está ao nosso lado talvez seja um caso de ‘vida ou morte’ que não deve ser subestimado”, citou Soraia durante sua palestra.