O Dia Mundial de Combate à Hanseníase é comemorado no último domingo de janeiro. Instituído pela Organização Mundial de Saúde, o objetivo é conscientizar a população e reafirmar o compromisso de luta contra a doença nos países endêmicos. Neste ano, 31 de janeiro, será realizada uma caminhada contra o preconceito na orla da Lagoa da Pampulha, com a presença da Miss Mundo Brasil 2015, Júlia Gama, embaixadora da luta contra a hanseníase. A concentração será às 9 horas em frente à Igreja São Francisco. Em Betim, a partir das 14 horas, serão realizadas atividades culturais na praça da Matriz de Santa Izabel.
Segundo o assessor da Diretoria Assistencial da Fhemig, Thiago Possas, a hanseníase, conhecida desde os tempos bíblicos como lepra, é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica que se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas com diminuição de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Tais manifestações são resultantes da predileção do Mycobacterium leprae (M. leprae), agente causador da doença de Hansen, em acometer células cutâneas e nervosas periféricas. Durante as reações (surtos reacionais), vários órgãos podem ser acometidos, tais como olhos, rins, testículos, fígado e baço.
A transmissão se dá por meio de espirros e tosses, por exemplo, de uma pessoa doente e sem tratamento. O contágio não é possível através de abraços e apertos de mão. Também não é necessário separar roupas, pratos, talheres e copos do infectado em casa.
A doença tem tratamento e cura. O tratamento é gratuito e inclui um coquetel de antibióticos, podendo durar até um ano e meio. Não há mais necessidade de internação do paciente acometido pela hanseníase, a não ser que apresente reações adversas ao tratamento, quando deverá ser internado em hospital geral por curto período até se adequar à medicação.