Fhemig coordena seminário de história da hanseníase durante 16º Congresso Brasileiro de História da Medicina

Fhemig coordena seminário de história da hanseníase
Foto: Casa de Saúde Santa Izabel/Arquivo ACS
O tratamento da doença experimentou uma significativa mudança ao longo das décadas.

 

As ações na assistência para as ex-colonias de Hanseníase em Minas, hoje Casas de Saúde e Reabilitação de Idosos, da Rede Fhemig, serão debatidas no Primeiro Seminário de História da Hanseníase. O evento será realizado no dia 14 de novembro, como parte da programação do décimo sexto Congresso Brasileiro de História da Medicina que acontece em Ouro Preto, na Estalagem das Minas Gerais, de 10 a 15 de novembro.

 

O Congresso é promovido pela Sociedade Brasileira de História da Medicina que tem como presidente o psiquiatra Jairo Furtado Toledo, Diretor do Centro Hospitalar  Psiquiátrico de Barbacena.
Também fazem parte da programação, o Oitavo Congresso Mineiro de História da Medicina, o Terceiro Seminário de História da Psiquiatria e os Cem anos da Faculdade de Medicina da UFMG.

Com uma vasta programação científica, através de conferências e mesas redondas serão debatidos um grande número de temas ligados às várias áreas da Medicina, bem como da Psiquiatria. Entre os temas estão “Aspectos Históricos do Incesto” e “História da Psicoterapia”.


História da hanseníase em Minas Gerais

O assessor do Complexo de Reabilitação Física e Cuidado ao Idoso da Fhemig, Tiago Possas, falará sobre as “Ações propositivas na assistência para as ex-colônias de hanseníase de Minas Gerais”. Na Mesa Redonda “Registros Históricos Sobre a Hanseníase” o médico Tuffi Neder Meyer, da Casa de Saúde Santa Fé, irá a contar a história da antiga colônia, inaugurada em 1942 em Três Corações, no Sul de Minas.

“Sob os olhos de Santa Izabel” será o tema da palestra do médico Leonardo Savassi, do Hospital Orestes Diniz, que integra o complexo da Casa de Saúde Santa Izabel. O grupo de teatro Akauãn apresentará a peça “A Colônia”, que relata a história de Santa Izabel, primeira colônia de hanseníase do estado, fundada através de lei, em 22 de setembro de 1921.

 Será exibido o documentário “Eu estava lá”, do diretor Abelardo de Carvalho. O filme conta a comovente história de superação do médico José Corsino Filho, que aos 12 anos foi internado numa colônia no interior de Minas e sofreu não só com a doença, mas também com o forte preconceito que predominava na época. O próprio Corsino também participará do evento na sessão “Bate papo com os autores”.

A história da Casa de Saúde Padre Damião também será contada na exibição do vídeo documentário de Maurício Santos e Simone Pelagagi.

Casos de hanseníase diminuem no estado  

De 2010 a 2011 Minas Gerais teve uma redução de 7,32% do número de casos de hanseníase, por 100 mil habitantes, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. De acordo com a coordenadora estadual de dermatologia sanitária da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), Ana Regina Coelho Andrade, a queda da hanseníase, nesta última década, em Minas, se deve às melhorias na área social, como o aceso às redes de água e esgoto, e também ao diagnóstico e tratamento precoce.

A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, transmitida pela bactéria M. leprae, que afeta a pele e os nervos periféricos, em especial dos braços e pernas. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas a incidência é mais comum em adultos jovens. A propagação se dá pela eliminação dos bacilos na respiração, espirros e perdigotos, de pacientes que não estejam em tratamento.