Atendimento cada vez mais humanizado. Com esta premissa, foram criadas as Casas da Gestante nos hospitais que mantém maternidades na Rede Fhemig: Júlia Kubitschek, Regional Antônio Dias (Patos de Minas), Regional João Penido (Juiz de Fora) e Maternidade Odete Valadares. A Casa da Gestante do Hospital Júlia Kubitschek (HJK) completou um ano de funcionamento e recebeu 220 mulheres neste período, sendo 191 mães de prematuros e 29 gestantes de alto risco.
No HJK, a Casa atende gestantes e mães da Região Metropolitana e do interior. A média de permanência varia de 10 (73%) a 40 dias (6%). A maioria das albergadas possui entre 20 e 34 anos, mas também é comum o atendimento às adolescentes (21%).
Atualmente, a Rede Fhemig conta com quatro Casas da Gestante, totalizando 40 vagas destinadas a abrigar gestantes de alto risco. Elas estão em condições clínicas estabilizadas, mas, quando necessário, precisam ser prontamente atendidas. Além disso, hospeda mães que precisam acompanhar seus filhos internados na UTI Neonatal. Garantindo assim o acompanhamento, que é um direito das crianças.
Durante a “hospedagem”, as mulheres recebem a atenção de uma equipe multiprofissional, que acompanham os casos diariamente. São médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos e outros especialistas.
Este acompanhamento traz tranquilidade às ansiosas mães: “Se eu sentir alguma coisa, já estou ao lado dos médicos e sendo acompanhada, 24 horas, por uma enfermeira”, diz Cleire Mara Almeida Santos, grávida de sete meses. Seu impaciente Vítor já queria vir ao mundo desde os cinco meses de gestação.
Mas o melhor que a Casa oferece é um ambiente familiar, bem diferente da rotina hospitalar. Dividindo o mesmo espaço, mães e gestantes se interagem nas emoções e experiências. “Juntas, é mais fácil superar as dificuldades”, revela Janete Oliveira Soares Godoi, mãe de outro Vítor, que nasceu há quatro meses com apenas 1.030 gramas, aos seis meses de gestação.
A Casa da Gestante também promove ações preventivas em saúde e atividades de entretenimento. São palestras, encontros, “Cantinho da Leitura”, oficinas de beleza, entre outras.
Ainda este ano, a direção do hospital pretende implantar a “Sala de Apoio à Amamentação”, com o treinamento de toda equipe de enfermagem para oferecer suporte às usuárias.
Também serão incrementadas as atividades educativas e de promoção em saúde.
A partir desta experiência bem sucedida, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) pretende ampliar o projeto Casa de Apoio à Gestante nas macrorregiões de Minas. A SES acompanha por vários anos os fatores de mortalidade materna e neonatal.
A ideia de fazer estas casas sempre foi uma meta da Secretaria que apostava que estes espaços pudessem minimizar esta situação. Já que melhora a assistência durante a gestação, parto e pós-parto.
Hospital Regional João Penido é referência para gestantes de alto risco