Hospital Júlia Kubitschek lembra o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose

 HJK é referência no tratamento da tuberculose

O Hospital Júlia Kubitschek se tornou referência no tratamento da TBC por sua grande capacidade de leitos e de atendimento ambulatorial, profissionais treinados e atendimento aos pacientes que têm o bacilo multi-resistente. São 34 leitos de isolamento, além dos outros 54 destinados à Pneumologia.

Anualmente, são realizados, no HJK, de 300 a 400 atendimentos a pacientes portadores do Bacilo de Koch. Estes atendimentos acontecem todas as terças-feiras, pela manhã, no ambulatório. A maioria destes pacientes continuam – ou deveriam continuar - o tratamento nos centros de saúde de sua região.

A história da tuberculose no país se confunde com a deste próprio hospital, criado em 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, para atender aos pacientes atingidos pelo Bacilo de Koch. Atualmente, o HJK possui corpo clínico especializado em Tisiologia e executa diagnósticos por meio de exames com tecnologia de ponta e pela realização de consultas e cirurgias torácicas.
“A tuberculose continua sendo um grande problema de saúde pública, ao mesmo tempo em que é um paradoxo: o diagnóstico dos casos é fácil e pouco oneroso. Além disso, o tratamento atual é feito com medicamentos de grande eficácia: 95% ou mais, desde que tomados diariamente por seis meses”, esclarece Helena Rachel.

Tuberculose tem cura

A tuberculose (TBC) existe desde antes de Cristo, mas ainda está muito presente na humanidade, principalmente onde as condições de vida são mais precárias. A transmissão se dá através da tosse. Quanto mais cedo forem feitos o diagnóstico e o início do tratamento, maiores as chances do paciente.

Os sintomas mais comuns da tuberculose pulmonar são: tosse, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. Apesar da versão pulmonar ser mais conhecida, a tuberculose pode também atingir outros órgãos, como rins, ossos, pele, intestino, meninges, olhos, entre outros.

Cerca de 1/3 da população mundial é portadora do bacilo da TBC. Segundo a OMS, em 2009 ocorreram 9,4 milhões de casos novos. O Brasil ocupa o 20º. lugar no ranking entre os países, com cerca de 50 milhões de pessoas infectadas e 73 mil novos casos por ano. Em Belo Horizonte, em 2009, foram notificados 691 casos novos. A capital atende também moradores da Região Metropolitana.

Outros dados relevantes:
- a tuberculose predomina na faixa etária produtiva: 70% dos casos ocorrem entre 15 e 59 anos de idade;
- acontece uma média de 5 mil óbitos anuais (14 mortes por dia) no País. É a quarta causa de morte por doenças infecciosas;
- entre os casos de tuberculose, cerca de 15% tem infecção pelo HIV associada. A tuberculose é a maior causa de morte dos pacientes com aids;
- a tuberculose é a 9ª causa de internação por doenças infecciosas.

O tratamento precisa ser feito até o fim

As ações de controle da tuberculose são realizadas pelos centros de saúde (ou unidades básicas de saúde). Estas ações vão desde a prevenção, com a vacinação dos recém-nascidos com a BCG, até o diagnóstico e o tratamento ambulatorial. Os medicamentos são fornecidos por estas unidades, e o tratamento dura 6 meses.