Centro Mineiro de Toxicomania adota pulseira de identificação de pacientes

Foto: Rosemeire Carvalho
Paciente utiliza pulseira em oficina terapêutica

Referência estadual no tratamento aos usuários de álcool e outras drogas, o Centro Mineiro de Toxicomania (CMT), da Rede Fhemig, adota, desde o dia 21 deste mês, o uso de pulseiras de identificação de seus pacientes. A ideia é facilitar o fluxo de atendimento dentro da unidade.

A pulseira tem cores diferentes, de acordo com cada caso, e vem inscrita com duas informações: a numeração de entrada na portaria da unidade e o número do prontuário do paciente. São cinco cores: roxa (que indica o paciente em tratamento no hospital-dia), verde (acolhimento), vermelha (casos de paciente em crise), branca (consultas ambulatoriais) e azul (para familiares que frequentam grupos na unidade). As pulseiras são usadas somente dentro da unidade, sendo retiradas quando o paciente sai. O protocolo de distribuição das cores foi definido pela Diretoria Assistencial da Rede Fhemig, em conjunto com a direção e profissionais do CMT.

A enfermeira de Gestão de Risco do CMT, Luciana Freitas Schettini, disse que no ano passado houve um período de teste do modelo e que a experiência foi positiva. “Além de facilitar o fluxo dos pacientes, as pulseiras ajudam os funcionários a localizarem o setor no qual os usuários devem ser atendidos, o que facilita o encaminhamento quando necessário”, completa Schettini.

Referência

O Centro Mineiro de Toxicomania é reconhecido pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) como referência estadual e unidade de excelência no tratamento de pacientes usuários de drogas. É o mais antigo serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar atendimento aos usuários de drogas no país, sendo credenciado, desde 2002, como Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps – AD) pela Senad.

O diferencial do CMT é entender que o foco do tratamento é o paciente e não a droga. Uma equipe multidisciplinar monitora este paciente, realizando projetos terapêuticos individuais. Sua média de atendimento mensal é de 250 pacientes, sendo 38% dependentes de álcool, 37% dependentes de crack, 11% de cocaína, 11% de maconha e 2,5% outras drogas.