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Criado em Terça, 09 Agosto 2011 15:00
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Última atualização em Terça, 09 Agosto 2011 16:07
Foto: Ilda Nogueira
O Museu da Loucura, em Barbacena, completa 15 anos
O Museu da Loucura, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, está completando 15 anos de criação. A comemoração será marcada com a realização de uma mesa redonda com o tema "Museu da Loucura - Sua história e sua importância", a partir das 19h30, na Rua 14 de agosto, s/nº - Bairro Floresta - Barbacena. Outras informações: (32) 3339-1611.
Participam desta mesa o médico Jairo Furtado Toledo (diretor na época da criação e atual diretor do CHPB), Eduardo Henrique Siqueira Santos, presidente da Fundac, a ex-presidente da Fundac Maria da Glória Bittar de Castro Pereira, o coordenador do projeto de montagem Edson Carlos Brandão, e Waldir Damasceno, da equipe de montagem e ex-presidente da Fundac.
Um resgate da assistência antes da desospitalização psiquiátrica

O Museu da Loucura, considerado símbolo do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena - CHPB, atrai visitantes não só de todos os pontos do Brasil mas também do exterior. O Museu tem uma média de 700 visitantes por mês. Desde a sua criação, mais de 93 mil pessoas conheceram o local.
O museu busca resgatar a história do primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais, o lendário Hospital Colônia de Barbacena. É um espaço para discussão e reflexão das diretrizes no campo da saúde mental. O acervo do Museu reúne textos, fotografias, documentos, equipamentos, objetos e instrumentação cirúrgica que relatam a dramática história do tratamento, que era imposto ao portador de sofrimento mental.
No espaço existe também a galeria de arte, que oferece oportunidades para exposições de artistas da região e à divulgação da grife "Pirô Criô", composta por trabalhos manuais e de artesanato feitos pelos usuários do CHPB.
"Cidade dos Loucos"
Barbacena abrigou o primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais. Já foi conhecida como a Cidade dos Loucos e hoje é uma referência nacional da Reforma Psiquiátrica. A cidade chegou a ter sete instituições deste tipo.
Segundo a coordenadora do Museu, a pedagoga Lucimar Pereira, as gerações mais novas podem ter uma noção do sofrimento que atingia os internos dos hospícios de Barbacena em uma visita ao Museu da Loucura. Fotos e objetos mostram como era o cotidiano e o tratamento dos internos. Entre eles, o último aparelho de eletrochoque usado em um paciente.