Histórico do Galba Velloso

Inaugurado em 25 de janeiro de 1961, o Hospital Galba Velloso (HGV), localizado no Bairro Gameleira, em Belo Horizonte, iniciou suas atividades apenas em maio de 1962, recebendo 34 pacientes femininas. Nesta década, o HGV foi palco de importantes transformações ocorridas no atendimento psiquiátrico, devido ao surgimento dos novos medicamentos psicoativos e processos de assistência, como a instalação dos serviços de praxiterapia (técnica psiquiátrica que inclui a terapia ocupacional), de psicologia e o ambulatório para o tratamento e a assistência a novos pacientes.

Sob o comando do médico Jorge Paprocki, foi criado em 1968, a primeira residência em Psiquiatria de Minas Gerais, e, em 1969, houve a publicação do primeiro livro de psicofarmacoterapia editado no Brasil. Ainda em 1968, o HGV integrou-se à FEAP – Fundação Estadual de Assistência Psiquiátrica. No início da década de 70, o HGV passou a dividir o atendimento com o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).

Em 1977, com a criação da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) - que reuniu as fundações estaduais de assistência à urgência, psiquiatria e hansenianos, o Galba Velloso passou a pertencer à esta Rede.

Em setembro de 1979, as portas dos hospitais psiquiátricos foram abertas à imprensa, o que gerou a série de reportagens “Nos Porões da Loucura”, de Hiram Firmino, e o filme “Em Nome da Razão”, de Helvécio Ratton, mostrando como viviam os pacientes psiquiátricos. No final deste mesmo ano, foi realizado o III Congresso Mineiro de Psiquiatria, que trouxe mudanças fundamentais na Saúde Mental. Na FHEMIG, foi elaborado o Projeto de Reestruturação da Assistência Psiquiátrica Pública, que deu início à modificação dos hospitais, dentro da anunciada política de desospitalização. Foram criados serviços para atendimento de pacientes agudos, ambulatórios para consultas, formadas equipes multidisciplinares e reformadas as enfermarias.

Na década de 80, esse movimento foi denominado Reforma da Assistência Psiquiátrica, que procedeu a implantação da rede extra-hospitalar, diminuição dos leitos hospitalares e modificação do financiamento pelo Ministério da Saúde, incentivando a implantação de serviços substitutivos (os Centros de Atenção Psicossocial - CAPS). Em Belo Horizonte, foram fechados 1600 leitos, permanecendo apenas os do Hospital Galba Velloso e do Instituto Raul Soares, para atendimento psiquiátrico de urgência.

O HGV promoveu, ao longo desses anos, uma série de mudanças. Foi inaugurada a nova área destinada ao Posto de Urgência Psiquiátrica (PUP), o Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME), hoje Serviço de prontuário de pacientes (SPP) e o auditório. O galpão de manutenção, o novo almoxarifado da farmácia e a área administrativa foram concluídos. Foram ainda criados o Ambulatório Luiz Cerqueira, o Hospital-Dia, as oficinas terapêuticas, e o Centro de Tratamento Clínico (CTC) com 11 leitos.

Em 2001, o Posto de Urgências Psiquiátricas (PUP) foi renomeado como Centro de Acolhimento de Crise, realizando um trabalho clínico com os pacientes em crise, atendidos por uma equipe multiprofissional. Em 2007, foi criado o Galbarte, um espaço coletivo para oficinas de relaxamento, pintura, artesanato, dança, cozinha e salão de beleza, alternativas terapêuticas que auxiliam no tratamento.

Além disto, foram adquiridos vários equipamentos, como cardioversores, biombos, cadeiras de roda, cadeiras de banho, aparelhos de eletroencefalograma, cadeiras para acompanhantes, bem como novas camas hospitalares.

 

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