Jornada de trabalhos do CMT traz especialistas de peso para discutir abstinência e redução de danos na capital

 

Foto: Divulgação <BR /> Durante os dias 25 e 26 são esperados mais de 300 participantes de Minas e outros estados
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Durante os dias 25 e 26 são esperados mais de 300 participantes

A tradicional Jornada de trabalhos do Centro Mineiro de Toxicomania (CMT), que este ano está na sua XXI edição, traz especialistas da Argentina, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais para debater  a “abstinência e redução de danos”. O CMT, da Rede Fhemig, abre as atividades às 19 horas, nesta quinta-feira, no auditório da Fumec (Rua Cobre, 200, bairro Cruzeiro, Belo Horizonte). Durante os dois dias, 25 e 26, de atividades são esperados mais de 300 participantes de Minas e outros estados.

 

“Anualmente, o CMT traz convidados para enriquecer os debates sobre uso de drogas e este é um momento para compartilhar as experiências bem sucedidas. Quem procura os nossos serviços recebe um atendimento onde a singularidade de cada um é respeitada”, considera a diretora do CMT Raquel Martins Pinheiro. A unidade segue as diretrizes da Política Nacional de Atenção ao Usuário de Álcool e outras Drogas e inclui no plano terapêutico às  estratégias de redução de danos. 

“A expectativa da XXI Jornada de Trabalhos do CMT é dar fôlego para a discussão, que na maioria das vezes fica só no campo da polícia”, afirma o coordenador do evento, Gustavo Cetlin. Abstinência e redução de danos são termos que traduzem em momento e decisão para a vida de pacientes com histórico de uso abusivo de álcool e outras drogas.

Nesta quinta-feira, o argentino Fabián Naparstek, umas das referências internacionais em toxicomania, participa de conferência para compartilhar a sua longa carreira como professor da Faculdade de Psicologia da Universidade de Buenos Aires, membro da World Psicanálise e coordenador  da Escola de Orientação Lacaniana.

Ainda estão programadas quatro mesas redondas, na sexta-feira, para discutir o assunto em diversos âmbitos da sociedade civil e órgãos públicos. Participam dos debates os especialistas Tarcísio Matos de Andrade (Bahia), Ana Glória Melcop (Pernambuco), Maria Lúcia Karan (Rio de Janeiro) e ainda a diretora do CMT Raquel Pinheiro e os pesquisadores da PUC Minas Luiz Sapori e Regina Medeiros. 

Publicação
Durante a jornada, acontece o pré-lançamento do livro “A problemática do crack na Região Metropolitana de Belo Horizonte: tráfico, uso compulsivo, violência, práticas e tratamentos”. A publicação estará disponível, em breve, no mercado. O CMT soma diversas pesquisas a cerca da toxicomania, que colaboram ao longo dos anos com a formação de profissionais da saúde mental.

A pesquisa relata a associação da disseminação e consolidação do comércio do crack em Belo Horizonte e Região Metropolitana com o crescimento da vitimação dos jovens de 15 a 24 anos. A entrada da droga na cidade é seguida por um aumento da demanda por tratamento em serviços de saúde que tratam e acolhem os usuários de crack.

Perfil CMT
No CMT, unidade pública referência estadual na atenção ao paciente em uso abusivo de álcool e outras drogas, há uma tendência anual de crescimento de pacientes em uso de crack que procuraram ajuda. Para a diretora do CMT, Raquel Pinheiro, “os usuários estão tendo a consciência de que é possível fazer um tratamento e ter bons resultados de interrupção ou de redução do uso e danos também do crack”.

Este ano, até outubro, o número de pessoas que procuram ajuda terapêutica em decorrência do consumo de crack representou 42% do total de atendimentos.  O álcool aparece no ranking com 40% e a maconha com 7%. Já na década passada, de 1999 a 2009, quase metade dos atendimentos, 45%, estavam relacionados ao álcool e 27% ao crack.  A maconha representou 13% e outras drogas, como cocaína e inalantes, aparecem com menor prevalência. 

 Programação XXI Jornada do CMT

 

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