Hospital João XXIII forma segunda turma de brigadistas

 

Enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, médicos, nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicólogos, técnicos de nutrição e de informática, auxiliares e técnicos administrativos, equipe de limpeza, entre outros trabalhadores, compõem a segunda turma de brigadistas do Hospital João XXIII, cuja formatura aconteceu na última sexta-feira, 22 de fevereiro, no auditório do Teatro Marília. Os 250 formandos e os instrutores do Corpo de Bombeiros que ministraram o curso, sob a coordenação do 2º tenente Denis Oliveira de Melo, foram homenageados, na ocasião, pela Orquestra Instrumental do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais – Show Bios, que se apresentou durante a cerimônia.

Com uma carga horária de 20 horas, a capacitação foi realizada em três dias e contemplou conteúdo teórico e prático, como primeiros socorros, imobilização de vítimas e combate a incêndio. O último dia foi dedicado ao treinamento em campo, realizado em Contagem. A primeira capacitação aconteceu em 2017. Agora, com a segunda turma, o hospital conta com 340 servidores treinados. Já está sendo viabilizada a formação de mais brigadistas, pois são necessários 600.

A coordenadora do Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP) da unidade, Priscila Gomes, esclareceu que compete ao bombeiro atuar no incêndio instalado e que o papel do brigadista dentro da instituição é evitar que sejam gerados focos de incêndio e, se gerados, que sejam contornados antes que evoluam para incêndios maiores, praticamente impossíveis de controlar.

O vice-presidente da Fhemig, Mauricio Leão - que representou a presidente da Fhemig, Vânia Cunha, na solenidade de formatura - parabenizou os formandos pelo desempenho de uma tarefa “tão nobre”, destacando a participação voluntária dos servidores no curso. A assessora da Diretoria Assistencial (Dirass) da Fhemig, Cinthia Alcântara de Carvalho, cumprimentou e agradeceu aos brigadistas “pela coragem, dedicação e compromisso com a vida, cuidando de si, dos colegas e dos pacientes”.

O diretor do HJXXIII, Silvio Grandinetti, lembrou que o hospital não tinha um programa de prevenção de incêndio e destacou a importância dos brigadistas. “Mais anjos tomando conta da gente”, disse emocionado. Ele também destacou a importância da prevenção, primordial para o trabalho em qualquer atividade.

Quem também reforçou a necessidade da atuação preventiva foi o representante do Corpo de Bombeiros, coronel Erenito Alves de Azevedo, que mencionou, como exemplo, o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho e concluiu: “A prevenção é o melhor investimento”. Ele ainda acrescentou que o curso, que vem sendo desenvolvido desde 2018, tem um período curto, mas que faz toda a diferença. “O trabalho não termina aqui, pois temos ainda o simulado para ser feito. O Corpo de Bombeiros vai continuar apoiando as brigadas”, finalizou.

Brigada de Incêndio

A Brigada de Incêndio serve para preservar as vidas e os bens de uma instituição. É ela quem age diante de situações como as de princípio de incêndio e na prestação de socorro em caso de desmaios ou outras ocorrências que necessitem de primeiros socorros. Coordena ainda a evacuação da edificação em casos de incêndios e outros acidentes e também é responsável por ações preventivas, como checagem dos extintores, das saídas de emergência e afins. A brigada de incêndio também realiza o treinamento de toda a empresa para evacuação padrão sob qualquer sinal de fogo não controlado, atuando em conjunto com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

É o brigadista quem realiza os primeiros procedimentos até que o socorro especializado chegue. O treinamento técnico permite que ele tenha o preparo necessário para lidar com situações emergenciais, além de controle emocional para agir em situações críticas.

Homenagem

Os bombeiros foram homenageados pelos formandos com um texto, lido pela psicóloga do Hospital João XXIII, Mariana Andrade Mello, destacando a importância do trabalho que desenvolvem: ”Ser bombeiro é levar esperança às pessoas que já não acreditam que podem sair vivas de uma situação. É como ser um anjo da guarda para alguém que pode estar preso numa casa em chamas, debaixo de escombros num desabamento, se afogando, soterrado pela lama, precisando ser salvo por meio de um resgate, enfim, é ser aquela pessoa que faz a diferença na vida de muitas outras”. Os instrutores do curso receberam placas de agradecimento.

 



 Por Samira Ziade