Em solenidade na noite de ontem (20/9), durante comemoração do 69º aniversário do hospital Maria Amélia Lins (HMAL), o presidente da Fhemig, Jorge Raimundo Nahas, o diretor do Hospital João XXIII, Paulo Tarcísio Pinheiro da Silva, o médico ortopedista do HMAL e presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Regional Minas Gerais), Marco Túlio Lopes Caldas, prestaram homenagem póstuma ao médico ortopedista José Pereira de Andrade, com entrega de diploma de honra ao mérito ao filho do homenageado, o fisioterapeuta Rodrigo Márcio da Silva Andrade.
Na ocasião, o Bloco Cirúrgico do HMAL recebeu o nome de José Pereira de Andrade, como forma de reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à saúde pública, resultado da dedicação e do trabalho obstinado que marcaram a vida profissional de “Pereirão” (como o médico era conhecido pela comunidade ortopédica) durante os quase 30 anos em que atuou na Fhemig.
A cerimônia contou com a presença da esposa, dos filhos e do irmão do médico, o servidor aposentado Rubens Luiz de Andrade. Também estiveram presentes amigos de infância, além de assessores, chefes, supervisores, coordenadores e demais servidores do HMAL.
Emocionado, Rodrigo Andrade agradeceu o reconhecimento da Fhemig e destacou o legado que o pai deixou tanto para os familiares, quanto para os colegas de trabalho e profissão.
Em seu discurso, Jorge Nahas ressaltou as qualidades que fizeram de “Pereirão” o profissional admirado pelos colegas de trabalho. “A gente não mata a saudade, a gente coloca a saudade em dia”, finalizou o presidente. Do mesmo modo, Paulo Tarcísio Pinheiro manifestou eterna gratidão ao homenageado.
Marco Túlio Caldas afirmou que uma das qualidades mais marcantes do médico era o dom de agregar pessoas. Segundo ele, “Pereirão” começou sua carreira como médico cirurgião (“com mãos de anjo”), e após longos anos na linha de frente da assistência, assumiu o papel de gestor com a mesma maestria.
Coordenador da Clínica Ortopédica do Hospital João XXIII ao longo de vários anos, José Pereira foi um dos articuladores da nova identidade assistencial do HMAL (de unidade clínica-cirúrgica para retaguarda do João XXIII), no ano de 1993. Seu trabalho para integrar os serviços de atendimento ortopédico possibilitou maior agilidade na atenção aos traumas ortopédicos de resolução cirúrgica provenientes do HJXXIII, dando fim à superlotação e aos transtornos vivenciados pelos pacientes devido à longa espera por atendimento.
O médico também foi responsável pela implantação dos programas de Residência Médica em Ortopedia do Hospital João XXIII e pela expansão da atuação dos médicos residentes ao HMAL e ao Hospital Ortopédico Galba Veloso, ação que contribuiu para o aprimoramento do serviço e a formação de especialistas.
O quase septuagenário Hospital Maria Amélia Lins iniciou suas atividades em 14 setembro de 1947, quando tinha por missão atuar como Pronto-Socorro e Instituto Médico Legal de Belo Horizonte. Com a construção do Pronto-Socorro João XXIII, em 1973, o HMAL tornou-se policlínica. No final da década de 1990, o Maria Amélia deu início ao processo de definição de sua nova identidade, ao receber os serviços eletivos de cirurgia buco-maxilo-facial e de fisioterapia de traumas dos membros superiores, provenientes do HJXXIII. Cinco anos depois (1994), o HMAL assumiu também o serviço de ortopedia e traumatologia programada e hoje conta com especialistas nas áreas de coluna, ombro, quadril e joelho, constituindo-se em unidade subsidiária do João XXIII.
Salvar