"Carinhólogos" abordam visitantes dos pacientes do Hospital João XXIII
Em ação realizada no final do mês passado, um grupo de pessoas que se denominam “carinhólogos”, abordaram os visitantes dos pacientes do Hospital João XXIII (HJXXIII), da Rede Fhemig, para distribuir abraços, em sinal de solidariedade à dor de ter alguém da família ou amigo doente.
A proposta da ação “abraços grátis” partiu da professora de idiomas, tradutora e palhaça Carolina Dias que defende a ideia de que dar carinho é sempre importante, “principalmente na sociedade louca em que vivemos hoje, onde coisas tão importantes e preciosas como os olhos nos olhos, o abraço, o carinho e o diálogo estão perdendo espaço para a violência, a agressão, o preconceito, o racismo, a homofobia e a intolerância”, enumera.
Segundo a “carinhóloga”, há artigos científicos que tratam da importância do palhaço, da brincadeira e do humor para a recuperação de pacientes e para a melhoria da autoestima das pessoas em geral. A decisão de abordar os parentes e amigos dos pacientes do HJXXIII partiu da percepção do grupo de que esses indivíduos não podem expressar seu sofrimento chorando diante das pessoas que visitam. “Aí, entramos nós carinhólogos prontos para darmos carinho àquelas pessoas que tanto precisam de abraços. A ação foi maravilhosa. Teve risada, arrepio, choro, conversa. Teve muita gente contando suas histórias, desabafando, dizendo o porquê de estarem ali. Como diz o Patch Adams ‘temos que sentir a vibração das pessoas e agir de acordo’. Sem exceção, todos nos receberam bem, queriam carinho, precisavam do abraço e agradeceram a nossa presença ali”, conta Carolina.
O amor é contagioso
Muito do que põe em prática em suas ações, Carolina aprendeu em cursos ministrados pelo médico norte-americano Patch Adams, que ficou conhecido em todo o mundo depois do filme Patch Adams – o amor é contagioso. “Trago para a minha vida e para o meu dia-a-dia, os ensinamentos que aprendi com o Patch e sua trupe. Meu nariz de palhaço está sempre na minha bolsa e, de vez em quando, o coloco, onde quer que eu esteja, na rua, no restaurante, na lanchonete, na copiadora”.