Hospital João Paulo II disponibiliza tratamento para crianças e adolescentes com alergia alimentar

Hospital João Paulo II disponibiliza tratamento
Foto: Rosemeire Carvalho
Desde 1 ano de vida, Gabrielle Caldeira faz tratamento no Hospital Infantil João Paulo II

A vacinação oral para crianças e adolescentes de até 18 anos de idade, alérgicos ao leite de vaca, é um dos serviços oferecidos pelo Hospital Infantil João Paulo II, por meio do Núcleo Allos (Centro de Referência Especializado na Prevenção e Tratamento de Alergia Alimentar e Anafilaxia). “Disponibilizamos, para essa faixa etária da população, um dos mais modernos procedimentos em se tratando de imunoterapia oral”, disse o coordenador do programa, o pneumologista e alergista pediátrico Wilson Rocha Filho.

 

Incidência

Segundo ele, cerca de 5% das crianças no país sofrem de algum tipo de alergia alimentar. Desse total, cerca de 90% apresentam intolerância imunológica a algum dos seis alimentos padrões que são leite, ovo, trigo, soja, peixe e amendoim. A vacina, que é administrada diariamente, durante um período de dois anos, contribui para desenvolver, no organismo das crianças, tolerância imunológica ao leite de vaca.

Triagem

Caso haja suspeita de alergia ao leite de vaca, é preciso prescrever uma dieta de exclusão para tirar a dúvida. Nesse caso, o leite e derivados são excluídos da dieta alimentar por um período pré-determinado e observa-se se os sintomas desaparecem.

Para comprovar o diagnóstico, logo após o término da dieta de exclusão, a criança consome o alimento que poderia estar por trás da alergia e fica sob observação. Trata-se do teste de provocação ou desencadeamento. “Somente após a comprovação do diagnóstico, prescrevemos a vacina”, frisou Wilson.

Nesse período, lembrou Rocha, as crianças recebem acompanhamento da equipe multidisciplinar do hospital(composta por alergista, gastroenterologista, nutricionista, psicólogo e assistente social) que é referência do Estado.

Maria Eduarda Caldeira Santos, sete anos, tem alergias desde o nascimento. Mas foi a partir do 1º ano que o problema se intensificou e Gabrielle Caldeira percebeu que as fezes da filha eram iguais às de um recém nascido. A mãe desconfiou que não era simplesmente uma virose, conforme diagnósticos anteriores que já recebera.

Desde então, foram várias tentativas para descobrir a que substâncias a criança é realmente alérgica. Em fevereiro, foi internada para fazer o teste de provocação ou desencadeamento. “Minha expectativa é descobrir o que é realmente, para podermos ir direto ao foco”, afirma a mãe.

Fluxo de atendimento

Belo Horizonte: As crianças e adolescentes são encaminhadas pelos centros de saúde, via regulação. Demais municípios: Procurar o Serviço de Pediatria ou Gatroenteorologia da região, onde os pacientes passam por triagem. Em seguida, deve ser feito contato com o Serviço Alimentar do HIJPII, pelo telefone (31) 3239-9048