Saiba como prevenir afogamentos no feriado de Carnaval

Foto: Divulgação <BR /> Fratura da  coluna cervical é um dos traumas por afogamentos
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Fratura da coluna cervical é um dos traumas por afogamentos

Praias, cachoeiras, rios e balneários  são os destinos de  muitos mineiros no carnaval. Para garantir a tranquilidade do feriado prolongado é preciso estar atento à alguns cuidados, sobretudo em relação às crianças a fim de evitar afogamentos. Os últimos números do Corpo de Bombeiros, em Minas, são altos. Em janeiro foram 54 mortes por afogamento e em fevereiro, somente na primeira quinzena, 20 mortes. A maioria do sexo masculino e na faixa etária de 20 a 45 anos.

No Hospital João XXIII, no ano passado, foram atendidos 12 casos de semi-afogamento e este ano, dois casos, em fevereiro. Os números, relativamente baixos, de atendimento, se devem ao fato de que na grande maioria dos casos, a vítima morre no local.

O neurocirurgião Jarbas Carvalhais, do Hospital João XXIII, recomenda muito cuidado com o fundo de cachoeira, rio, lago e piscina advertindo que “ acidentes desta natureza quando não são fatais , podem deixar sequelas graves. Ele explica que grande parte destes acidentes ocorre no mergulho em águas rasas, sobretudo, quando se pula de cabeça. 

Segundo o neurologista, dependendo da posição da queda pode-se quebrar o pescoço. ‘‘Em casos ainda mais graves, ao se bater a cabeça com impacto direto no pescoço, há fratura da  coluna cervical, o que na maioria das vezes deixa a pessoa tetraplégica ou seja com paralisia do pescoço para baixo.” O neurocirurgião adverte ainda, que, “dependendo do nível da fratura, pode haver comprometimento da respiração, o que leva a morte, no próprio local do acidente, por mais rápido que seja o socorro.” 

De acordo com os especialistas uma das regras básicas de segurança é que não se pode deixar uma criança tomando conta de outra. Os pais não podem perder os filhos de vista, devem estar sempre presentes, mesmo que o local tenha águas rasas e a criança saiba nadar, seja em rio, piscina ou mar.

Nas crianças de até quatro anos, deve-se colocar bóias. Mas mesmo colocando o equipamento, os bombeiros alertam para os pais manterem a vigilância porque o uso da bóia não garante cem por cento que não vá ocorrer acidente. Outra dica é colocar pequenas piscinas com água do mar ou do rio perto de onde está o adulto.

A conversa com os filhos sobre os riscos que correm quando vão para a água, sem cuidados prévios, também é importante.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, 85% dos casos de afogamento podem ser evitados se tomados os devidos cuidados.

As principais recomendações são:

- nunca nadar sozinho;

- crianças só devem nadar sob supervisão de um adulto;

- não entrar na água após ingerir bebidas alcoólicas;

- não entrar na água após refeições pesadas

- não mergulhar de cabeça sem conhecer o local;

- Não soltar de locais elevados para dentro d’água

- não afastar da margem

- se começar a chover e relampejar, sair da água;

- Se informar antes de entrar na água sobre a profundidade, correnteza e demais características do local.

 - Em caso de emergência ligar para o Corpo de Bombeiros que atende no 193.


Os primeiros socorros são essenciais nos casos de afogamento  e devem ser iniciados ainda no local do acidente. Ao se afogar, a entrada de ar nos pulmões é fechada, o que pode resultar na morte da vítima por asfixia. Deve-se introduzir ar nos pulmões da vítima por meio de respiração boca a boca e realizar a massagem cardíaca.

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