No Hospital João XXIII, no ano passado, foram atendidos 12 casos de semi-afogamento e este ano, dois casos, em fevereiro. Os números, relativamente baixos, de atendimento, se devem ao fato de que na grande maioria dos casos, a vítima morre no local.
O neurocirurgião Jarbas Carvalhais, do Hospital João XXIII, recomenda muito cuidado com o fundo de cachoeira, rio, lago e piscina advertindo que “ acidentes desta natureza quando não são fatais , podem deixar sequelas graves. Ele explica que grande parte destes acidentes ocorre no mergulho em águas rasas, sobretudo, quando se pula de cabeça.
Segundo o neurologista, dependendo da posição da queda pode-se quebrar o pescoço. ‘‘Em casos ainda mais graves, ao se bater a cabeça com impacto direto no pescoço, há fratura da coluna cervical, o que na maioria das vezes deixa a pessoa tetraplégica ou seja com paralisia do pescoço para baixo.” O neurocirurgião adverte ainda, que, “dependendo do nível da fratura, pode haver comprometimento da respiração, o que leva a morte, no próprio local do acidente, por mais rápido que seja o socorro.”
De acordo com os especialistas uma das regras básicas de segurança é que não se pode deixar uma criança tomando conta de outra. Os pais não podem perder os filhos de vista, devem estar sempre presentes, mesmo que o local tenha águas rasas e a criança saiba nadar, seja em rio, piscina ou mar.
Nas crianças de até quatro anos, deve-se colocar bóias. Mas mesmo colocando o equipamento, os bombeiros alertam para os pais manterem a vigilância porque o uso da bóia não garante cem por cento que não vá ocorrer acidente. Outra dica é colocar pequenas piscinas com água do mar ou do rio perto de onde está o adulto.
A conversa com os filhos sobre os riscos que correm quando vão para a água, sem cuidados prévios, também é importante.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 85% dos casos de afogamento podem ser evitados se tomados os devidos cuidados.
- nunca nadar sozinho;
- crianças só devem nadar sob supervisão de um adulto;
- não entrar na água após ingerir bebidas alcoólicas;
- não entrar na água após refeições pesadas
- não mergulhar de cabeça sem conhecer o local;
- Não soltar de locais elevados para dentro d’água
- não afastar da margem
- se começar a chover e relampejar, sair da água;
- Se informar antes de entrar na água sobre a profundidade, correnteza e demais características do local.
- Em caso de emergência ligar para o Corpo de Bombeiros que atende no 193.
Os primeiros socorros são essenciais nos casos de afogamento e devem ser iniciados ainda no local do acidente. Ao se afogar, a entrada de ar nos pulmões é fechada, o que pode resultar na morte da vítima por asfixia. Deve-se introduzir ar nos pulmões da vítima por meio de respiração boca a boca e realizar a massagem cardíaca.
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