As baixas temperaturas no inverno, aliadas ao período de festas juninas, e, este ano, também às comemorações da Copa, aumentam os riscos de acidentes com fogos de artifícios, álcool líquido e fogueiras. Para alertar contra queimaduras, a Fhemig realiza no dia 23, às 13h30, uma ação educativa com os Doutores da Alegria em frente ao Hospital João XXIII. Veja ainda, nesta matéria, dicas de segurança para se evitar estes acidentes.
Às 14 horas, na diretoria do hospital, acontece uma coletiva com o coordenador da Clínica de Cirurgia Plástica e da Unidade de Queimados do Hospital João XXIII, da Fhemig, o cirurgião plástico Carlos Eduardo Leão, o chefe da Cirurgia de Mão, Rodrigo Faria, e o diretor do Hospital João XXIII, Eduardo Liguori.
Segundo o coordenador da Clínica de Cirurgia Plástica e da Unidade de Queimados do Hospital João XXIII, da FHEMIG, o cirurgião plástico Carlos Eduardo Leão, o álcool líquido permanece em primeiro lugar entre os agentes causadores de queimaduras. O número de pessoas queimadas pelo produto é sempre grande em todas as épocas do ano, mas é ainda maior neste período do ano. Na Unidade de Queimados o atendimento aumenta em 30 por cento e as internações em 20 por cento.
Para o cirurgião, a queimadura é um problema sociocultural: "infelizmente, o brasileiro não têm noção do perigo. A população precisa ser preparada para ter essa noção, desde criança. Para isto, é preciso inserir na grade curricular das escolas, a prevenção de acidentes".
Carlos Eduardo faz um alerta sobre o uso do álcool líquido para acender fogueiras e churrasqueiras. Segundo ele, "muitas pessoas costumam jogar o álcool direto na churrasqueira. Nada justifica o uso deste produto, se junto com o próprio carvão já é vendido o álcool sólido, que é próprio para acender o carvão e não explode, apesar de inflamável".
De acordo com o cirurgião Carlos Eduardo Leão, 51% dos acidentes com queimaduras são domésticos (óleo, chamas, água quente, explosão de gás e álcool líquido) e poderiam ser perfeitamente evitados. Destes, 80%, acontecem na cozinha. Os cuidados devem ser redobrados no período de férias, quando as crianças passam mais tempo em casa.
O cuidado ao manusear fogos de artifício é fundamental. Na grande maioria das ocorrências, o acidente acontece com pessoas que normalmente não sabem manusear o foguete, não seguem as orientações do fabricante e muitas vezes estão alcoolizadas.
As vítimas são atingidas, principalmente, na mão e em alguns casos, nos olhos e na boca. A vítima pode perder dedos, mão e em casos extremos ficar cega e surda. Quando ocorre o acidente, deve-se envolver a área afetada com um pano limpo e umedecido em água gelada e jamais colocar qualquer tipo de produto.
A vítima deve ser encaminhada para atendimento médico e transferida para um serviço especializado para avaliação do cirurgião plástico e cirurgião de mão. De acordo com o Corpo de Bombeiros, nas comemorações, o foguete de mão é o artefato que mais causa acidentes, provocando queimaduras de terceiro grau e até a perda de membros. O explosivo só deve ser acionado em área aberta e o perigo aumenta quando é colocado um foguete sobre o outro.
Outra atitude condenada pelos bombeiros, é a de estourar 'bombinhas' dentro de latas, tijolos ou garrafas, porque os estilhaços podem atingir outras pessoas. Artefatos conhecidos como 'rabo de pavão' e 'apito gaiato' também são muito perigosos, pois, dependendo da velocidade do vento, podem cair em qualquer ponto. Esse tipo de fogo chega a alcançar 25 metros de altura e é grande o risco de atingir o interior de uma residência, provocando incêndio. Quem manuseia fogos de artifício e acaba ferindo outra pessoa responde criminalmente pelo ato.
Os fogos de artifício devem ser comprados somente em estabelecimentos do ramo devidamente autorizados e registrados pelo Corpo de Bombeiros.
Em todos os casos de queimadura, os primeiros socorros são os mesmos: usar apenas água fria no local do ferimento até encaminhar a vítima para o hospital. Qualquer outro produto, como pasta de dente ou óleo só piora a situação.
O cirurgião Carlos Eduardo explica que a água resfria a lesão e acaba com o calor residual, que mina os tecidos, além de promover analgesia. Outra solução é usar uma toalha embebida em água fria.
* Cobrir a queimadura com um pano limpo;
* Nunca furar as bolinhas. Elas servem para proteger a área queimada;
* Não retirar roupas grudadas, fragmentos de objetos ou graxas das lesões;
* Não usar pomadas sem ordem médica nem tocar as lesões com as mãos;
* Procurar socorro médico;
* Se houver sangramento, fazer um curativo com gaze ou um pano bem limpo.
> Sempre ler e seguir as instruções da embalagem;
> Acionar fogos somente em locais abertos;
> A armazenagem dos fogos deve ser em local frio e seco;
> Nunca tente reutilizar os fogos que tenham falhado;
> Jamais lance fogos na direção de outras pessoas;
> Nunca atire fogos a partir de lugares fechados, como carros ou residências;
> Nunca faça experiência, modifique ou tente fazer seus próprios fogos de artifício;
> Não desmonte os fogos;
> Tenha muito cuidado ao segurar os fogos;
> Crianças e pessoas alcoolizadas não devem soltar fogos;
> Artefatos caseiros aumentam o risco de explosão;
> Use uma extensão nos foguetes para o artefato ficar longe da mão;
> Em caso de acidente, procure o médico imediatamente;
> Não solte fogos perto de hospitais, postos de combustíveis, aeroportos e fiações.
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