Nesta época é comum viagens para locais com mar, rios e cachoeiras. A equipe médica do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e o Corpo de Bombeiros alertam para a necessidade de prudência e responsabilidade ao escolher o lugar de destino e como se divertir.
O fisioterapeuta do Hospital João XXII Francisco César Guerra, especialista em fisioterapia respiratória, explica que mergulhos em águas rasas e os saltos ornamentais, apresentam risco de traumatismos crânico-encefálico (TCE) e raquimedular (TRM), que podem levar a uma paraplegia (paralisia das pernas) ou tetraplegia (paralisia dos braços e pernas) ou ainda a problemas neurológicos.
“Estes traumas condicionam a pessoa a um longo período de tratamento multiprofissional o que gera um custo social muito alto. Além disso, na maioria das vezes o paciente fica com sequelas graves ou precisa de um longo período de reabilitação (fisioterapia) fora do hospital. O Ideal é a prevenção e a precaução para se evitar estes acidentes”, enfatiza o especialista.
Dados do Corpo de Bombeiros revelam que o número de mortes por afogamento tem aumentado em todo o Estado. De janeiro até março foram registrados 152 casos, sendo 40 só no feriado do Carnaval. No mesmo período de 2009 foram registradas 130 mortes. É essencial que se escolha lugares conhecidos e movimentados para se refrescar. As crianças devem sempre ter a presença constante de um adulto responsável e o uso de bebidas alcoólicas em excesso tem que ser evitado.
“A maioria dos casos de afogamento estão associados ao álcool. A pessoa que ingere a bebida se sente mais relaxada, diminui o grau de alerta e perde o reflexo o que contribui para o afogamento”, explica o Cabo Thiago Miranda do corpo de bombeiros. O Cabo ressalta a importância de se divertir com segurança e faz também um alerta para se evitar saltos e mergulhos em águas rasas.
O socorro do acidentado é outro aspecto fundamental como destaca o Corpo de Bombeiros. O problema pode se agravar devido à manipulação incorreta das vítimas. O correto é aguardar o socorro especializado.
Como em muitos casos a pessoa ainda está na água, é importante que se imobilize dentro do próprio rio ou piscina o acidentado, improvisando uma prancha como uma tala para evitar o deslocamento do pescoço. A tábua deve ser colocada na região entre as costas e a cabeça, que deve ser apoiada nos lados por toalhas ou camisetas dobradas, e uma faixa, que pode ser improvisada com um cinto, por exemplo, deve ser passada na região da testa e da cintura da vítima.
Além disso, não se devem testar os movimentos do acidentado, pois se pode aumentar ainda mais a lesão na coluna. Longe do risco de afogamento, é importante acalmar a vítima até que o socorro chegue.
-Não mergulhe em locais desconhecidos
-Faça uma varredura do local antes de mergulhar
-É preciso saber a profundidade do local em que se vai nadar
-Entre primeiro no local, sem mergulhar
-Evite brincar de empurrar amigos para dentro de lagos, poços, cachoeira
ou mesmo do mar
-Não consuma álcool ou drogas