III Encontro Gerencial do MG Transplantes discute panorama da doação de órgãos no estado

 

Foto: Christina Marândola
O coordenador estadual do MG Transplantes, Charles Simão Filho, falou
sobre as metas do complexo para 2013/2014

 

Nesta sexta-feira (13), os coordenadores das centrais do MG Transplantes de todo o estado estiveram presentes no III Encontro Gerencial, realizado no auditório do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Foi apresentado, durante a reunião, o plano de trabalho e de metas propostas para 2013/2014 (tanto no âmbito regional quanto no estadual), inseridas no Acordo de Resultados firmado entre a Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG), Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

Foram discutidas ainda propostas próprias da Central de Notificação, Captação e Doação de Órgãos Estadual (CNCDO), e a padronização de procedimentos e metodologia de acompanhamento, visando à consolidação das atividades relacionadas ao transplante de órgãos em Minas Gerais.

Trabalho que inspira confiança

Para o coordenador estadual do MG Transplantes, Charles Simão Filho, a atuação do complexo é pautada na credibilidade conquistada pela instituição em seus 21 anos de existência. “De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), o MG Transplantes é a central que obteve maior porcentagem, em todo o Brasil, de consentimento das famílias à doação de órgãos após diagnóstico de morte encefálica. Isso é motivo de muito orgulho para nós, pois sabemos que a doação é um processo de confiança”, afirma o coordenador.

Apesar do trabalho estabelecido em todo o estado, o MG Transplantes ainda possui desafios a ser superados. A baixa notificação por parte das instituições de saúde de possíveis doadores é o maior deles. “Na presença de um potencial doador, algumas instituições ainda não comunicam o MG Transplantes. Sem notificação, não há doação. Mudar essa cultura é extremamente difícil, mas o complexo vem investindo muito fortemente em ações educacionais e capacitação para que essa realidade possa ser mudada”, explica Charles Simão Filho.

Mais leitos de CTI e profissionais capacitados para fazer o diagnóstico de morte encefálica em todo o estado são fatores indispensáveis para uma atuação ainda mais abrangente do MG Transplantes. “Temos um grande caminho pela frente, mas já podemos afirmar que, nos últimos seis anos, fomos a central que mais cresceu no Brasil. Nosso gráfico evolutivo mostra ainda que, em cerca de 5 ou 6 anos, podemos ser  o maior estado em captação e realização de transplantes do país”, finaliza o coordenador do complexo.