Fhemig investe em ações contra assédio moral

 

No último dia 20, foi realizado, no auditório do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), o Primeiro Treinamento dos Conciliadores da Rede Fhemig. O evento foi mais uma ação da Coordenação de Avaliação e Acompanhamento Funcional (CAAF), da Gerência de Planejamento e Desenvolvimento de Pessoas (GPD) e da Diretoria de Gestão de Pessoas (Digepe), com a finalidade de conscientizar sobre a gravidade da prática do assédio moral no trabalho.

De acordo com a psicóloga organizacional da Coordenação de Avaliação e Acompanhamento Funcional da Fhemig, Taiz Soares Lopes Gontijo, a capacitação teve como finalidade formar profissionais capazes de intervir como conciliadores nos processos conflituosos no ambiente de trabalho e nos casos de denúncia de prática de assédio moral. “O objetivo é a harmonização do ambiente de trabalho, buscando a manutenção ou o reestabelecimento do respeito mútuo e do profissionalismo, que devem prevalecer acima dos conflitos”, afirma.

 

O evento reuniu servidores, de vários hospitais da Rede Fhemig, que foram indicados para atuarem como conciliadores em suas respectivas unidades, ou seja, realizando a mediação de conflitos e, também, a tentativa de conciliação nos casos em que houver denúncia de prática de assédio moral, atuando em consonância com o disposto na Lei Complementar nº 116/2011 e no Decreto nº 46.060/2012.

A previsão é que até o final do ano aconteçam outras ações voltadas para os conciliadores, como palestras e discussões, de forma que eles estejam cada vez mais aptos a atuarem na função.

 

Assédio Moral

 

O assédio moral consiste na exposição do trabalhador a circunstâncias humilhantes e constrangedoras, periódicas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no desempenho de suas funções. Trata-se de um processo composto por ataques intencionais, direcionados a uma pessoa específica, repetitivos, e que se prolongam no tempo, permeado por artifícios psicológicos que atingem a dignidade e integridade do trabalhador, gerando sofrimento e adoecimento físico e psíquico.

 

Segundo Taiz, o artigo 2º do Decreto nº 46.060/2012 descreve as modalidades que caracterizam o assédio moral no ambiente de trabalho. “Apesar de ser mais comum se referir ao assédio moral descendente, que ocorre da chefia com um subordinado, vale a pena lembrar que esse tipo de situação pode ocorrer também de modo inverso, do subordinado com a chefia, ou mesmo entre colegas de mesmo nível hierárquico”.

 

Ainda de acordo com a psicóloga, muitas vezes o assédio moral ocorre de modo sutil e só é percebido após o adoecimento e afastamento da vítima. “Geralmente, ele deteriora o ambiente de trabalho, provocando um mal estar geral entre os trabalhadores do setor. Se existe uma conduta recorrente de exposição e humilhação de algum servidor no ambiente de trabalho, pode ser que haja um assédio moral em andamento. Ele pode estar sofrendo assédio moral quando é alvo de isolamento, zombaria, deboches, piadinhas, gritos, desrespeitos, de modo recorrente”, explica.

 

Como prevenir

 

A informação ainda é a melhor forma de prevenção às práticas de assédio moral. “É preciso que todo trabalhador, independentemente do cargo, saiba o que é e o que não é assédio moral. Dessa maneira, fica mais fácil identificar situações que possam se caracterizar como tal e, até mesmo, intervir antes que haja o adoecimento da vítima”, afirma a psicóloga da Fhemig.

 

Segundo ela, é preciso desmistificar a questão do assédio e possibilitar debates amplos sobre o tema. “Quando ocorre a banalização do assédio, as verdadeiras vítimas podem ficar ainda mais prejudicadas. Por isso, é preciso alertar ambas as partes, quando se percebe uma relação abusiva no ambiente de trabalho, fortalecendo a vítima e orientando o possível assediador a mudar sua conduta e repensar sua forma de agir com o outro”.

 

Ações da Fhemig

 

A Digepe vem realizando diversas ações voltadas ao tema. Desde 2015, o assédio moral vem sendo discutido em palestras e eventos realizados pela Diretoria. Em 2017, foi realizado, ainda, um seminário em parceria com a Ouvidoria Geral do Estado tratando da temática.

 

Além disso, a Digepe, em parceria com a Diretoria de Gestão Estratégica (Diest), participou de ações voltadas para os ouvidores da Fhemig, com a discussão do tema.

 

Também foram introduzidas palestras sobre Assédio Moral nos eventos do “Digepe em Ação”, que ocorrem em todas as unidades da Rede e são abertos à participação de todos os servidores.

 

Há ainda a proposta de confecção de uma cartilha de divulgação para prevenção e combate às práticas de assédio moral.