“Eu tinha uma ideia equivocada da estrutura do Hospital Eduardo de Menezes. Eu estou saindo daqui como um defensor do hospital e um propagador das informações sobre a febre amarela”. A declaração do vereador Irlan Melo foi realizada na manhã desta sexta-feira (20), durante visita da comissão de representação da Câmara Municipal de Belo Horizonte ao Hospital Eduardo de Menezes - HEM (Fhemig), com o objetivo de verificar as condições estruturais e de atendimento aos pacientes internados com suspeita de febre amarela.
A afirmação de Irlan Melo foi compartilhada pelos demais membros da comissão, os vereadores Bim da Ambulância e Catatau da Itatiaia, que tiveram a oportunidade de conversar com pacientes e esclarecer dúvidas com profissionais do hospital. “Nós estamos saindo daqui esclarecidos. Estamos subsidiados de informação para discutir e esclarecer sobre o tema. Vimos que o Hospital Eduardo de Menezes e os seus profissionais estão preparados para atender os casos de febre amarela”, completou Bim. “Se for necessário ampliar o atendimento para os casos suspeitos, ele também está preparado”, ressaltou Catatau.
O Hospital Eduardo de Menezes, referência em doenças infectocontagiosas no Estado e principal retaguarda para os pacientes em estado crítico provenientes das áreas afetadas pelo surto de febre amarela, montou estrutura de segurança para o atendimento a essa emergência.
Desde a eclosão do surto nos vales do Rio Doce e Mucuri, o hospital disponibilizou de imediato 42 leitos, sendo 32 de enfermaria com capacidade para atenção a pacientes semi-críticos, dez de CTI e está criando mais nove leitos de CTI exclusivos para febre amarela. Reorganizou ainda a assistência na ala C com 30 leitos do hospital específica para pacientes com febre amarela. A Fhemig também incluiu o Hospital Júlia Kubitschek na rede de retaguarda e vai ativar três leitos de terapia intensiva no Hospital Alberto Cavalcanti.
Também a estrutura física foi alterada para assegurar o atendimento, com a organização de equipes e equipamentos necessários para a abertura imediata dos leitos. Para isso a Fhemig articula com a Secretaria de Estado da Saúde a obtenção de 14 ventiladores pulmonares microprocessados; um ventilador pulmonar microprocessado para transporte; 20 aspiradores de secreção portáteis; 27 monitores multiparâmetros para monitorização invasiva e não invasiva; um monitor multiparâmetros para transporte e 20 oxímetros de pulso.
Hoje estão internados no Hospital Eduardo de Menezes com suspeita de febre amarela 21 pacientes, deles, quatro no CTI. Desde o início das internações o HEM já concedeu 15 altas.
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