Elke Maravilha vai deixar saudade

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) se solidariza com os familiares e amigos de Elke Maravilha, pelo seu falecimento no dia 16, no Rio de Janeiro. Elke Grunnupp, artista de múltiplos talentos, foi ativa defensora das liberdades públicas e de causas populares, das quais se destaca seu profundo envolvimento no combate à discriminação e ao preconceito às pessoas atingidas pela hanseníase. Fez de sua celebridade uma bandeira em defesa da erradicação da doença, pelo que merece o respeitoso reconhecimento do sistema público de saúde e das Casas de Saúde sob a administração da Fhemig.

“A Elke iniciou a sua luta pelas causas ligadas à hanseníase há quarenta anos, quando começou a acompanhar a atriz e amiga, Márcia de Windsor, nas visitas às antigas colônias. Quando o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) surgiu ela virou uma militante, uma espécie de madrinha. Desde então, esteve presente em todas as atividades do Morhan, emprestando a sua imagem, trazendo outros artistas para a luta, e ajudando a dar visibilidade a uma causa que a sociedade tenta manter invisível. Ela ajudou a quebrar o preconceito da construção de uma nova imagem com relação à hanseníase. Sempre em contato o tempo todo com os ex-pacientes e dando atenção aos mais excluídos. Ela era o ser humano mais humano que eu já conheci”, conta, emocionado, o membro do Morhan, Cordovil Neves de Souza (o Vila).

Na foto acima, Elke Maravilha, no início deste ano, ao lado do presidente da Fhemig, Jorge Nahas, durante comemoração dos 70 anos da antiga colônia de hanseníase, hoje Casa de Saúde Padre Damião (CSPD), em Ubá.