Protocolo de investigação de casos de hanseníase é lançado durante evento na CSSI

 

Foto: Osvaldo Afonso

 

 

Aconteceu na última sexta-feira (29/01), na Casa de Saúde Santa Izabel (CSSI), o curso “Intervenções Terapêuticas e Autocuidado do Paciente no Controle da Hanseníase”. Durante o evento, que fez parte da programação da Semana Mundial de Combate à Hanseníase, foi lançado o Protocolo da Vigilância Epidemiológica em Hanseníase nas regiões das antigas colônias. A norma técnica foi criada a partir do esforço conjunto da Fhemig e da SES-MG.

 

Estiveram presentes à mesa de lançamento do Protocolo, o presidente da Fundação, Jorge Nahas, a diretora assistencial da Fhemig Yara Ribeiro, o assessor da presidência Cordovil Neves de Souza, a médica referência internacional em hanseníase da Secretaria de Estado de Saúde, Maria Aparecida Grossi, o diretor da CSSI, Getúlio de Moraes, além de diretores das demais Casas de Saúde e outras chefias e autoridades.

O Protocolo

O Protocolo da Vigilância Epidemiológica em Hanseníase visa colocar em prática o que a portaria 3125/2010 do Ministério da Saúde demanda: fazer um maior acompanhamento nas áreas de ex-colônias, envolvendo a comunidade que reside nos locais, servidores e ex-hansenianos, de modo a oferecer a eles um atendimento multidisciplinar e individualizado, e controlar mais efetivamente os casos notificados.  Segundo o diretor da CSSI, Getúlio de Moraes, o documento aumenta a responsabilidade social da gestão. “A ampliação do atendimento é uma vitória para o Estado de Minas Gerais, e, além disso, vai permitir que realizemos estudos por meio da análise dos casos”, explica o diretor.

Para Jorge Nahas, é preciso enxergar as Casas de Saúde como centros de difusão de novas práticas, e de combate à hanseníase. “Com a assinatura do Protocolo, assumimos uma nova posição no enfrentamento desta doença, que tem sido subestimada nos protocolos de atenção primária”, avalia o presidente da Fhemig. ”É importante não apenas nesta semana, mas sempre, realizar ações mais fortes para que os casos da doença sejam notificados e que os exames sejam feitos com mais clareza”, salientou Yara Ribeiro.

Temas abordados

 

José Rubem Bonfim
Foto:Osvaldo Afonso

 

Na parte da manhã, o médico e coordenador executivo da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (SOBRAVIME), José Rubem Bonfim, que veio de São Paulo para participar do curso, falou aos presentes sobre a situação atual de ensaios terapêuticos e a participação do paciente na farmacovigilância da hanseníase. “O principal é o trabalho pedagógico, e individualizado, a ser realizado com o paciente, sua família e a comunidade. Se não houver uma orientação adequada, o tratamento não é efetivo”, ressalta o médico.

O médico e diretor da CSSI, Getúlio de Moraes, abordou o tema “Cuidados e cuidadores – qualidade de vida e a produção de serviços no contexto de Hospital Colônia”. Já durante a tarde, após o lançamento do Protocolo, houve mesa redonda, com a participação de diversos profissionais da área, que discutiram sobre a evolução das políticas sociais e assistenciais em hanseníase.