Celebrado em 19 de maio, o Dia Mundial de Doação de Leite Humano tem como objetivo mobilizar a sociedade para a importância dos bancos de leite humano (BLH) como um relevante elemento estratégico em defesa da vida, além de incentivar as doações de leite humano, contribuindo para a saúde de milhares de bebês prematuros ou doentes.
A coordenadora do BLH, Maria Hercília de Castro Barbosa, ressalta o fato de que quanto mais leite as doadoras tiram, “mais leite vão ter para os seus bebês.” Maria Hercília salienta que os bancos de leite exercem um papel essencial, não somente ao permitir que os recém-nascidos tenham supridas as suas necessidades nutricionais, mas também por disseminar a cultura da amamentação como um direito de toda criança.
É importante ressaltar que todo leite doado passa por rigorosos exames para evitar contaminação. Depois de pasteurizado (processo realizado pela Maternidade Odete Valadares), o leite pode ser armazenado por até seis meses. Por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), são aplicados os mesmos procedimentos exigidos para a doação de sangue.
Maria Hercília destaca ainda que os índices de aleitamento como forma exclusiva de alimentação do bebê até os seis meses de vida vêm crescendo no Brasil, mas ainda estão muito abaixo do que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Na década de 1980, esse número era de 7%. Hoje, com todas as campanhas realizadas, o índice passou para 41%. Dessa forma, nosso trabalho de estímulo ao aleitamento materno é diário. Por sermos um hospital Amigo da Criança, já atuamos no incentivo à amamentação, mas é importante que toda a sociedade se engaje nessa luta”, afirma.