Nova direção da Rede Fhemig toma posse

Foto: Renato Cobucci
A partir da esquerda, o vice-presidente da Rede Fhemig, Paulo Tarcísio Pinheiro, o presidente da Rede Fhemig, Jorge Nahas, o secretário de Saúde, Fausto Pereira dos Santos e o diretor do Hospital Regional João Penido, Renê Gonçalves de Matos

 

Diálogo e cooperação, estas duas palavras deram o tom da cerimônia de posse dos novos diretores das unidades administrativas e assistenciais da Rede Fhemig, realizada na noite de ontem (14), no Auditório Paulo Camillo do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), e presidida pelo secretário de Estado de Saúde, Fausto Pereira dos Santos.

A solenidade contou com a presença de autoridades e dirigentes de instituições parceiras da Rede Fhemig, dentre eles o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, os deputados estaduais Jean Freire e Cristiano Silveira, o subsecretário de Gestão da Estratégia Governamental, César Cristiano de Lima, o secretário-adjunto de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Vinícius Barros Rezende, a subsecretária de Promoção da Igualdade Racial, Cleide Hilda de Lima Souza, a presidente da Hemominas, Júnia Guimarães, a vice-presidente da Funed, Cármen Lúcia Gomes, a secretária da Política de Igualdade Racial de Nova Lima, Ana Lúcia da Silva, a vice-presidente do Sinttopi, Cláudia Areda, o presidente da MGS, Carlos Wanderley, o presidente do Ipsemg, Hugo Vocurca, o assessor de Políticas e Regulação em Saúde do Ipsemg, Cristiano da Matta Machado, o presidente do PMDB Afro-brasileiro de Minas Gerais, Arcanjo Pimenta e o presidente da Cecref, José Geraldo de Assis.


Fausto Pereira sublinhou o fato de que a Rede Fhemig é absolutamente estratégica para o Estado. Segundo o secretário de Saúde, é grande a expectativa do governo quanto à capacidade da Fhemig de se inserir nos sistemas regionais de saúde. “O entropismo das instituições hospitalares é utilizado como um mecanismo de defesa. Nós propomos quebrar essa barreira”, sugeriu.

Ainda de acordo com o dirigente da SES, Minas Gerais tem algumas unidades de saúde extremamente complexas, mas se comparadas às de outros Estados, a rede de saúde mineira é pequena. “São muitas as dificuldades, mas a Fhemig é um exemplo de que elas podem e devem ser superadas num conjunto de avanços”.

Em seu discurso, o presidente da Rede Fhemig, Jorge Nahas, afirmou que a nova equipe diretiva da instituição foi composta numa longa caminhada. “Com os novos diretores, vamos dar início a um processo de conhecimento, de reflexão. O processo de composição das equipes é permanente. Temos uma exuberante juventude, essa juventude é um alento para nós”.

Nahas assegurou que a nova equipe será sempre respeitosa com as práticas e com o legado da Fundação, ao mesmo tempo em que irá adotar um comportamento radical, no sentido de pensar a Fhemig de uma maneira mais completa, de forma a integrar o seu passado, o seu futuro e a sua razão de ser. “É obrigação nossa, de cada um de nós, refletir, superar, avançar. Nós não temos uma posição de reinventar tudo, mas temos a obrigação de lançar sobre a Fhemig um olhar diferente”, resumiu o presidente.

Para Nahas ainda há pouca reflexão sobre a atenção hospitalar dentro do sistema de saúde. “Eu me considero um militante do Sistema Único de Saúde, passei minha vida dentro de hospitais. A Fhemig é uma instituição complexa, ela pode contribuir muito mais, sobretudo para essa reflexão”. O presidente defendeu a ideia de que para gerir a instituição é necessário um mecanismo de parceria, de diálogo, sem o qual a Rede Fhemig não pode funcionar. “O que dará o tom dessa nova administração é o diálogo, a cooperação. Nós temos tudo para fazer um belo trabalho”, assegurou.

Em consonância com o pensamento de Nahas, o vice-presidente da Fhemig, Paulo Tarcísio Pinheiro, acrescentou que a expectativa é que os diversos diretores sejam capazes de implementar, de forma conjunta, participativa, todos os processos que estão sendo desenvolvidos pela Fundação. “A Fhemig deve olhar, não para dentro, mas para os usuários dos serviços junto com os demais gestores de saúde”.

O diretor do Hospital Cristiano Machado (HCM), Michel Irrthum, assegurou que as premissas básicas da nova fase da Rede Fhemig já estão em curso na Unidade. “Nós fazemos uma administração buscando a descentralização, dando poder às chefias para a tomada de decisões, de acordo com a nova política da Rede Fhemig”, garantiu. Segundo Irrthum, um dos pontos fracos da Fhemig a serem superados pela nova administração é a centralização herdada que tem como principal consequência o excesso de burocracia e a lentidão dos processos gerenciais de modo geral.

De maneira complementar ao pensamento do diretor do HCM e fazendo eco ao discurso do presidente, a diretora assistencial da Fundação, Yara Ribeiro, acredita que a Fhemig deve, efetivamente, se integrar à Rede de Saúde Estadual e Municipal. “Essa é a grande mudança a ser realizada. Os indicadores finalísticos devem estar voltados, primordialmente, para a qualidade da assistência”.

De acordo com Antônio Carlos Cioffi, diretor do Hospital Júlia Kubistchek, o excesso de hierarquia que vigorava na Fhemig está sendo quebrado, o distanciamento que existia está dando lugar ao diálogo.

Assim como Cioffi, a diretora de Gestão de Pessoas, Denise de Paulo, acredita ser possível tornar a Fhemig um espaço com mais diálogo, com mais perspectivas e mais esperança. “A gente já está começando o diálogo com todos os setores. Essa é a premissa básica, ao lado da participação e da transparência”, concluiu.

Tatiane Miranda, gerente assistencial do Hospital João XXIII, espera que haja um estreitamento da parceria entre as unidades. De acordo com ela, a autonomia das unidades pressupõe grandes mudanças, em geral, positivas. No entanto, para que as mudanças ocorram é necessário que os novos gestores tenham um novo olhar, que proponham novos caminhos para problemas antigos.