Jornada de Trabalhos do CMT tem início com presença de profissionais renomados da saúde mental
A Mesa de Abertura contou com a presença da referência técnica da Coordenação Estadual de Saúde Mental, Magda Lúcia Rocha, que representou o secretário de Estado de saúde, José Geral de Oliveira Prado; o diretor da gerência assistencial da Fhemig, Henrique Timo, que representou o presidente da Rede, Antonio Carlos de Barros Martins; a diretoria do CMT, Raquel Martins; e o coordenador da Jornada de Trabalhos, Robson Duarte. Henrique Timo parabenizou o CMT pelo seu empenho em equiparar sua assistência com o trabalho em rede proposto pela Diretoria Assistencial da Rede Fhemig, e também por sua proposta de acolhimento de todos os casos de uso de álcool de drogas que chegam às portas de entradas de outras unidades da Fundação.
Reconhecimento
O psicanalista e psiquiatra Francisco Paes Barreto, que é analista membro da Escola Brasileira de Psicanálise, foi o responsável pela conferência de abertura, que teve a coordenação do psicólogo e supervisor do CMT, Oscar Cirino. Para Francisco, a Jornada tem grande importância pelo fato de reunir profissionais com o objetivo de sondar avanços e trocar ideias sobre a toxicomania, que é um assunto espinhoso e difícil. “Sem este esforço teórico, os trabalhos realizados vão ficando na mesmice, gerando certa improdutividade”, ressalta. Em sua conferência, o psicanalista apresentou propostas não só no âmbito do tratamento, mas também no da descriminalização das drogas.
Para Magda Lúcia Rocha, que já participou de diversas Jornadas de Trabalho do CMT, o evento traz novidades a cada ano, e as experiências relatadas são de interesse para qualquer pessoa que esteja envolvido com a área. “A Jornada já faz parte do nosso calendário. Estudantes universitários, técnicos, profissionais da saúde mental, todos deveriam participar, devido à posição de destaque que o CMT ocupa em Minas Gerais qual o assunto é atendimento em álcool e drogas”, afirma Magda.
Participantes vieram de longe
A psicóloga Eliana Maria Delfino, que atua no CAPS I de Lagoa Dourada, veio a Belo Horizonte exclusivamente para participar de sua segunda Jornada. Para ela, é uma oportunidade única de se atualizar sobre a toxicomania, conhecer profissionais da área e outras linhas de tratamento. “neste evento, também temos a possibilidade de avaliar o trabalho que já desenvolvemos, o que também é de grande valia”, salienta Eliana.
Histórico
O CMT foi inaugurado em 1983, sendo o primeiro serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) especializado no atendimento a usuários de drogas, álcool e outras substâncias psicoativas no país.
Em apenas quatro anos de funcionamento, em 1987, o Centro foi reconhecido pelo Conselho Federal de Entorpecentes, atual Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), como unidade de excelência para tratamento de álcool e drogas do Estado de Minas Gerais. Além disso, desde 2002, o CMT é credenciado como Centro de Atenção Psicossocial para usuários de álcool e drogas (CAPS-AD), em consonância com a Política Nacional do Ministério da Saúde.