O Programa de Reeducação Alimentar desenvolvido pela Maternidade Odete Valadares (MOV), da Rede Fhemig, alcançou, ao longo dos três anos em que foi desenvolvido, resultados significativos ao contribuir para que a maioria dos servidores participantes mudassem seus hábitos alimentares e o estilo de vida, de modo a perder peso, controlar o índice glicêmico (glicose) e reduzir a pressão arterial.
“Os resultados são animadores”, resume a nutricionista da MOV e responsável pela condução do programa, Iara Lamas, que acompanhou os 80 profissionais da instituição que participaram de todas as etapas do programa que visa orientar sobre hábitos de vida e de alimentação saudáveis para a recuperação ou a manutenção do peso ideal. Do total dos participantes, 78% perderam peso, 70% reduziram a medida da circunferência abdominal e 18% mudaram de classificação do índice de massa corporal (IMC). “O bem estar do trabalhador é fator importante para a sua autoestima e contribui para o aumento da produtividade”, esclarece a nutricionista. Além disso, a obesidade é uma doença crônica, multifatorial, fator de risco para doenças graves e pode causar sofrimento, depressão e comportamentos de esquiva social que prejudicam a qualidade de vida.
A auxiliar de enfermagem Tânia Isabel Rodrigues de Araújo, de 51 anos, conta que a sua vida se transformou após participar do programa de reeducação alimentar. Hipertensa e com um sobrepeso de nove quilos, Tânia costumava ter várias crises de hipertensão ao longo do ano. “Eu sempre procurava os postos de saúde por causa das crises. Depois do programa, com as dicas sobre alimentação, nunca mais tive problemas. Participar desse projeto foi a melhor coisa que eu fiz. Eu saia muito animada das reuniões, foi uma experiência muito boa”.
Iara Lamas, ressalta que o grupo tornou possível a aprendizagem no local de trabalho. A experiência ajudou os servidores “a superar as dificuldades encontradas no seu dia a dia para mudar hábitos alimentares e estilo de vida, assim como criou a oportunidade de elaborar soluções e mudar de postura no enfrentamento dos problemas em relação à própria saúde”, completa.
A transformação também foi sentida pelo auxiliar administrativo Eduardo Sebastião Augusto, de 53 anos. Assim como Tânia, ele tinha dificuldades para controlar a pressão arterial e estava acima do peso. “A disposição para o trabalho aumentou bastante, a autoestima também. O programa teve reflexo até na forma de eu me vestir”, comemora. Durante os cinco meses em que compareceu às reuniões, Eduardo adquiriu conhecimentos que o fizeram mudar, completamente, a sua dieta. “Comia muito doce, fritura e tomava muito refrigerante”, lembra.