A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, iniciada no último dia 22 de abril, foi ampliada em 2014 pelo Ministério da Saúde (MS) a crianças menores de 5 anos. No ano passado, a vacina era oferecida somente aos pequenos de 6 meses até 2 anos de idade.
Tal ampliação se deve a fatores como o aumento da capacidade no oferecimento da vacina, além do bom custo benefício da ação, pelos seus prováveis bons resultados: segundo dados divulgados pelo MS, a mortalidade e internações por complicações da influenza pode diminuir em até 75% e 45%, respectivamente. A meta da campanha, que permanece até 9 de maio, é beneficiar 80% do público alvo, que representa 49,6 milhões de crianças, além de outros grupos vulneráveis, como profissionais da saúde, idosos, mães até 45 dias após o parto, gestantes e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis.
De acordo com o pneumologista do Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII) Alberto Vergara, da Rede Fhemig, é normal que crianças nesta faixa etária tenham até dez infecções virais por ano, já que, por serem mais vulneráveis e por sua anatomia, estão propensas a agravamentos dos quadros de doenças respiratórias: “Crianças desta idade possuem um risco maior de contrair otites, e problemas relacionados a chieira, bronquites e sibilância”, explica o médico. Nos menores de dois anos, pode surgir a bronquiolite, que é a inflamação de toda a árvore respiratória, incluindo os bronquíolos.
Segundo dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), o índice de problemas respiratórios aumenta em 40% no outono, assim como o número de atendimentos nos centros de saúde.
O profissional afirma que assim como todos os outros grupos, as crianças também devem repetir a vacina contra a gripe a cada ano, já que o vírus da doença muda constantemente por um processo de mutação genética: “Há um tipo de vacina produzido especificamente com base nos vírus prevalentes no Hemisfério Sul, e ela é fabricada anualmente”, afirma Vergara.
Os vírus respiratórios são transmitidos por meio de gotículas que o doente libera ao espirrar, tossir ou falar, estando próximo a menos de um metro de outra pessoa. “Por isso, é importante nestas situações fazer uso de um lenço descartável. Deve-se também lavar sempre as mãos ou limpá-las com álcool 70 %. Estes cuidados básicos são chamados de etiqueta respiratória”, define a gerente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e mestre em doenças tropicais Maria Tereza Oliveira.
Se a pessoa já apresentar os sintomas de uma doença respiratória, a hidratação intensa é primordial. É essencial também não expor as crianças em locais cheios e fechados, como cultos e igrejas, para que não ocorra a contaminação da moléstia. Nas salas de aula, deve-se deixar as janelas abertas, mantendo o local ventilado.
Entre os dias 28 de abril e 07 de maio, os servidores da Rede Fhemig poderão se vacinar contra o vírus da influenza em sua própria unidade de lotação. Organizada pela GSST/ADC, a vacinação nas unidades localizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte segue o cronograma da Secretaria Municipal de Saúde de BH.
De 28 a 30 de abril – Hospitais: Infantil João Paulo II, Maria Amélia Lins, Centro Psíquico da Adolescência e Infância, Centro Mineiro de Toxicomania, Instituto Raul Soares, Maternidade Odete Valadares e Galba Velloso.
De 05 a 07 de maio – Hospitais: Eduardo de Menezes, Júlia Kubitschek, Alberto Cavalcanti e João XXIII
Dias 06 e 07 de maio - Administração Central.