O Ministério da Saúde informou na última segunda-feira (24), Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que o SUS irá oferecer um novo teste para detecção da doença em 92 cidades estratégicas, que concentram 55% dos casos no país. Nem todos os municípios receberão o teste imediatamente. Em alguns deles, o procedimento começará a ser oferecido em maio.
No exame tradicional (a baciloscopia do escarro), o resultado demanda 60 dias para a análise da cultura de identificação de microbactérias. “O GeneXpert (equipamento que realiza o teste) é totalmente automatizado. É uma máquina que identifica fragmentos do DNA da microbactéria no escarro. Por isso, ele é bem mais eficaz e ágil”, explica a coordenadora de Tuberculose do Hospital Júlia Kubitschek, Munira de Oliveira.
Com o novo teste rápido de tuberculose, espera-se o aumento dos percentuais de detecção segura da doença para o tratamento precoce, maior agilidade no diagnóstico da “tuberculose resistente” e, consequentemente, a redução da morbidade e mortalidade pela doença.
Outro diferencial do novo teste é a identificação da possibilidade de resistência ao medicamento rifampicina, utilizado no tratamento da tuberculose. “O equipamento consegue checar a presença do gene que confere resistência à medicação habitualmente indicada. Isso permite ao médico ajustar o esquema terapêutico de forma mais adequada. A detecção de todas as formas de tuberculose (sensível ou resistente) será beneficiada", afirma Munira.
De acordo com a médica, já existe previsão de que o Hospital Júlia Kubitschek receba o equipamento para realização do teste rápido. “Atualmente, o HJK tem plenas condições de operar a maquina e já realizar os testes”, conclui.