Doenças do verão atingem principalmente crianças

 

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Verão é sinônimo de sol, praia e piscina. Porém, somadas a isso, surgem as mazelas típicas da temporada, que acometem as pessoas por diferentes motivos. Apesar de distintas, todas têm a necessidade de atenção e cuidados básicos, para evitar que  doenças simples se tornem graves problemas de saúde e até levem o paciente a óbito. As vítimas são, em sua maioria, as crianças, que são mais frágeis e suscetíveis a contaminações.

 

Dengue e leishmaniose são alguns dos males que têm maior incidência neste período, e são causados basicamente pela proliferação do vetor causador das doenças, facilitada pelo calor e umidade próprios da estação. “Para evitar as maiores consequências destes surtos, é preciso se atentar à limpeza de lotes, quintais e a pontos de água parada, que são os principais focos dos vetores”, orienta a infectologista do Hospital Infantil João Paulo II, da Rede Fhemig, Andrea Lucchesi.

Dermatites também são comuns no verão. Micoses, por exemplo, são causadas por fungos que se espalham na pele, causando irritação e coceira, e podem ser transmitidos pela areia ou em torno da piscina. Para evitar, é importante secar bem o corpo depois de sair do banho, principalmente virilhas e pés.  Já brotoejas ocorrem pelo uso de roupas pesadas, quando neste momento devem ser priorizadas vestimentas mais leves: “com as temperaturas mais elevadas, a pele deve transpirar, e quando a roupa não permite isso, ocorre uma obstrução das glândulas sudoríparas, causando estas bolhas na derme”, explica a infectologista.

 

Foto:Anni Sieglitz
Andrea Lucchesi dá dicas de prevenção a doenças comuns do verão

 

O perigo do sol

A infectologista alerta para a importância de evitar os horários mais quentes (entre 10h às 16h) para tomar sol: queimaduras na pele e outras lesões podem ocorrer com a exposição excessiva aos raios ultravioletas, além de desidratação, pelo excesso de suor do corpo. “No verão, é preciso manter a hidratação constante. Boné e protetor solar são fundamentais”, avisa Andrea.

Cuidado com a alimentação

Com a chegada das férias, as pessoas acabam se alimentando mais fora de casa, durante viagens ou ao passearem com as crianças, e muitas vezes a comida ingerida não é a ideal para a circunstância. “No tempo quente, tente consumir mais produtos in natura, e menos alimentos processados, como salsicha e linguiça”, sugere Andrea. É primordial se atentar à refrigeração dos mantimentos, para impedir a contaminação por bactérias como a salmonela, que provocam intoxicações alimentares, vômitos e diarreias.

Atendimento médico é importante

Independente dos sintomas que a pessoa venha a apresentar, é sempre melhor procurar a ajuda de um médico, já que as moléstias se manifestam de maneiras individualizadas nos pacientes. “Pode-se, antes disso, observar se a pessoa está com diurese suficiente, pois caso contrário, pode estar desidratada. Automedicação também não deve ser realizada, mantendo apenas a hidratação com água ou soro”, afirma a médica.