Em situações de trauma, tempo é vida. Por isso, o heliponto do Hospital João XXIII, da Rede Fhemig, inaugurado em 17 de dezembro de 2010, tem tido um papel fundamental no atendimento a pacientes gravíssimos, predominantemente vítimas de acidentes de trânsito.
Instalado para dar mais agilidade e segurança na assistência a pacientes com traumas graves e risco de morte, o espaço tem uma área de 441 m² e completa hoje três anos de funcionamento.
Da data de inauguração ao dia 13 de dezembro de 2013, foram realizados 601 atendimentos por helicóptero encaminhados ao HJXXIII, sendo 258 só este ano. As vítimas mais recorrentes são homens, seguidos por crianças e, posteriormente, mulheres.
O coordenador de Enfermagem, José Flora da Silva Neto, ressalta ainda que a maior parte desses pacientes é proveniente de acidentes envolvendo automóveis, motocicletas e atropelamentos. “A maioria dos acidentados vem das BR’s 040 e 381. Às vezes, o paciente levaria mais de 1 hora para chegar ao hospital e, por helicóptero, ele chega à urgência em 5 minutos. Esse ganho de tempo é fundamental para a sobrevida de vítimas muito graves”, afirma.
Marcos Lázaro Avelar Chaves, cirurgião do HJXXIII, explica que quando o paciente é encaminhado via helicóptero, a comunicação é feita diretamente à Coordenação Médica do HPS. “No próprio hangar da Pampulha fica uma equipe do SAMU à disposição. O médico dessa equipe atende às solicitações e avalia a necessidade do envio da aeronave. Caso haja indicação para o resgate aéreo, o contato já é feito com a Coordenação Médica do hospital, para que se prepare para o atendimento à vítima. O médico do SAMU ainda acompanha o voo, o que garante o atendimento ao paciente em caso de alguma intercorrência durante o trajeto ao hospital”, esclarece.
A agilidade do atendimento pode ser comprovada pelo tempo gasto para que o paciente, após chegar à plataforma, esteja na sala de reanimação: menos de 3 minutos.
Chegando ao HJXXIII, a vítima é prontamente encaminhada à sala de reanimação, que possui toda a tecnologia necessária para pacientes com risco iminente de morte. Interligada à sala de politraumatizados e a poucos metros de um tomógrafo computadorizado de ultima geração, o espaço contém aparelhos de raio-x e ultrassom móveis, monitores multiparâmetros e respiradores. A sala possui ainda comunicação com o sistema de alarme (onda vermelha).