Projeto “Eu Posso ser Diretor” chega ao fim com resultados positivos e boas expectativas em relação aos servidores capacitados
Participantes do curso "Eu Posso ser Diretor" reunidos após fim do programa
Foram concluídas na última sexta-feira (01) as atividades do projeto “Eu Posso Ser Diretor”, da Rede Fhemig, com a certificação dos participantes. O curso de formação, ministrado pela Fundação Dom Cabral (FDC), e que teve início em maio deste ano, capacitou 38 servidores efetivos para exercerem funções de liderança. Durante o programa, 12 módulos com temáticas diversas da área de gestão pública foram contempladas.
O encerramento contou com a presença do presidente da Rede Fhemig Antonio Carlos de Barros Martins, diretores da Fundação, e do professor de ética da Universidade de São Paulo (USP) Clóvis de Barros Filho. Na ocasião, a professora Maria da Conceição Lacerda ofereceu um módulo de resgate do conteúdo oferecido no curso: “Trabalhamos várias temáticas discutidas ao longo do programa, e incentivamos os alunos a contar seus aprendizados. É um momento de colheita”, conta Maria da Conceição, que é psicóloga e mestre em administração. A metodologia usada na aula foi a do “World Cafe”, que consiste na divisão da turma em grupos para que uma discussão mais densa e ampla seja realizada sobre determinados questionamentos.
O professor Clóvis de Barros Filho, que encerrou o programa com sua palestra “Novo Indivíduo para um novo tempo”, afirmou que a gestão de pessoas no serviço público é muito irregular, e que a capacitação de profissionais é imprescindível: “o servidor público carrega nas costas uma pecha negativa que a opinião pública lhe imputa, e deve saber que é muito melhor do que se costuma achar”, salientou Clóvis, que é advogado e jornalista.
O grande objetivo do projeto “Eu Posso Ser Diretor”, além de formar sucessores, é beneficiar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), já que consequentemente a capacitação dos funcionários contribui para a melhoria dos serviços prestados na rede de saúde pública.
Clóvis de Barros Filho ministra palestra no encerramento do curso
Sucesso
Segundo o coordenador técnico do projeto Osvino de Souza Filho, as respostas obtidas com o curso foram extremamente positivas, considerando a heterogeneidade do público e a formação específica dos alunos em outras áreas que não a administração. “Nossa primeira surpresa foi com o engajamento dos alunos, e o quanto eles se envolveram com a temática. Não havia nenhum participante descomprometido. Havia muita vontade aprender, e isso foi crescendo com cada atividade”, afirmou Osvino.
Maria da Conceição Lacerda compartilha da mesma opinião, e cita o comprometimento dos alunos com a Rede Fhemig: “observei muito vigor nos servidores, e vontade de construir uma realidade melhor. O programa foi muito instigador para eles, que estão com boas propostas institucionais”, avaliou a psicóloga.
O fisioterapeuta e aluno do curso Adelton Andrade Barbosa, servidor da Casa de Saúde Padre Damião (CSPD), de Ubá, avaliou o curso como melhor que o esperado. Para ele, a troca de experiências entre os colegas foi de fundamental importância, e todos os servidores tiveram grandes oportunidades de aprendizado. “O projeto mudou nossa forma de pensar. Aprendemos a visualizar os pontos fortes e fracos da Fundação, e a criar alternativas para superar os problemas dentro dos limites estabelecidos”, analisou o fisioterapeuta.
Presidente da Fhemig faz discurso de encerramento
Expectativas
De acordo com o presidente da rede Fhemig Antonio Carlos de Barros Martins, com os resultados positivos do programa, a expectativa é que os profissionais capacitados já possam assumir cargos de gerência a partir de 2014: “A Rede Fhemig acreditou nos servidores e em sua jovialidade, que é característica dessa leva de funcionários que estão entrando agora. Através dessa oportunidade de qualificação e crescimento profissional, poderemos dar continuidade ao trabalho exitoso que a Fundação vem desenvolvendo”.
FDC
Classificada pelo jornal inglês Financial Times como a oitava melhor escola de formação de executivos do mundo, a FDC, que possui uma experiência de 36 anos no mercado, é a responsável pela execução do Programa de Formação de Sucessores que teve a duração total de 140 horas, distribuídas em módulos quinzenais.