O Hospital Regional João Penido, em Juiz de Fora, recebeu, na última sexta-feira (04), o certificado de Acreditação Hospitalar ONA Nível 2. O evento reuniu diversas autoridades, dentre elas o secretário de Estado de Saúde, Antonio Jorge de Souza Marques. A certificação é feita pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e atesta a melhoria na qualidade dos serviços prestados pelo hospital.
A metodologia da Acreditação tem como objetivo promover a implantação de um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde, permitindo o aprimoramento contínuo da atenção, de forma a melhorar a qualidade da assistência.
Para alcançar o Nível 2, o Hospital Regional João Penido, que integra a rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), alinhou todos os processos assistenciais e administrativos. O trabalho vinha sendo desenvolvido desde 2010, com a realização de melhorias na estrutura física, assistência, nos processos de trabalho, serviços e treinamento e capacitação dos profissionais. A Rede Fhemig conta com 21 hospitais e tem como principal objetivo aprimorar cada vez mais a assistência aos pacientes, oferecendo conforto e segurança.
Comprometimento com a qualidade
“A Acreditação é uma ferramenta muito importante nos serviços de saúde, pois revela o comprometimento com a qualidade do serviço prestado”. A declaração é do presidente da Fhemig, Antonio Carlos de Barros Martins, que é anestesiologista. Ele lembra que a Fundação já conquistou, em agosto de 2011, com o Hospital Regional Antônio Dias, em Patos de Minas, o título de primeiro hospital público 100% SUS, acreditado. Para ele, a cumplicidade e o comprometimento dos servidores do Hospital Regional João Penido foram fundamentais para a certificação, assim como a dedicação dos funcionários do Serviço de Acreditação da Diretoria de Desenvolvimento Estratégico (Diest), que coordena e gerencia o processo de Acreditação. Para Antonio Carlos de Barros Martins, o resultado dessa conquista do Hospital Regional João Penido vai refletir diretamente no atendimento aos clientes, usuários do SUS.
Acreditação
A Acreditação é uma metodologia de qualidade desenvolvida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), organização não governamental, de direito privado, sem fins lucrativos, e de interesse coletivo caracterizada como pessoa jurídica, com abrangência de atuação nacional. O objetivo geral é promover a implantação de um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde, permitindo o aprimoramento contínuo da atenção, de forma a melhorar a qualidade da assistência. Os valores defendidos pela ONA são credibilidade, confidencialidade, aperfeiçoamento contínuo, desenvolvimento participativo, transparência em suas ações, respeito individual e coletivo e sustentabilidade como fator de crescimento.
Significado dos níveis
O alcance dos objetivos e valores determinados pela ONA acontece com a melhoria da prática de gestão e padronização de processos, segundo o manual publicado pela organização. O Nível 1 do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, é baseado na Segurança; o 2, na Gestão Integrada; e o Nível 3, na Excelência em Gestão, subdividido em requisitos que devem ser atendidos pelas instituições de saúde. Todas essas questões são avaliadas nas visitas de certificação e verificadas evidências para definição da situação da instituição, seu desempenho e interação de processos nas áreas de apoio.
Implantação do processo no HRJP
A implantação do processo de Acreditação no Hospital Regional João Penido teve início em dezembro de 2008. A unidade já havia trabalhado com a metodologia dos 5 s, o que favoreceu o desenvolvimento do sistema. Em 2010 foi realizada a primeira auditoria diagnóstica, no intuito de verificar a adequação dos processos da unidade aos requisitos do Manual Brasileiro Hospitalar da ONA. Na retomada do processo em 2012 foi realizada nova auditoria diagnóstica, em agosto, para avaliar e propor adequações para a busca da certificação. Em dezembro do mesmo ano a unidade foi submetida à auditoria de certificação, e recebeu um follow-up, que é um prazo de 90 dias para a resolução de não-conformidades detectadas. Ao final desse período, a unidade teve nova visita dos auditores da instituição acreditadora credenciada, que recomendaram à ONA a certificação do hospital em Nível 2.
Hospital Regional João Penido
Inaugurado em 1948 como Sanatório João Penido, em Juiz de Fora, em 1978 foi transferido para a Rede Fhemig. Em 1983 deixou de ser sanatório de tratamento de tuberculose para se tornar hospital geral e, no começo da década de 90, transformou-se em hospital regional. Atualmente, tem capacidade instalada de 212 leitos, sendo 39 de CTI adulto e pediátrico. Tem 1.076 funcionários, entre profissionais de nível superior, técnico e administrativo, sendo um dos maiores hospitais públicos da região da Zona da Mata, atendendo à Macrorregião Sudeste. Como hospital geral, dentre suas diversas especialidades, também é referência como Centro de Medicina Física e Reabilitação (Nível C) para atendimento a portadores de necessidades especiais e os que precisam de reabilitação físico-funcional. É o único serviço na Macrorregião Sudeste que inclui tratamento e dispensação de órteses e próteses.
Principais atendimentos
Consultas ambulatoriais especializadas, cardiologia, cirurgia pediátrica, cirurgia geral, cirurgia torácica, cirurgia vascular, dermatologia, gastroenteorologia, ginecologia (cirurgia), neurologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria, proctologia, psiquiatria infantil e urologia.
Referência para a Macrorregião Sudeste Referência para toda a Macrorregião Sudeste, beneficiando aproximadamente uma população de 1,5 milhão de pessoas, o HRJP possui pronto-atendimento e ambulatórios para consultas eletivas nas mais diversas especialidades, entre elas dermatologia, cardiologia, pediatria, ginecologia, psiquiatria e oftalmologia. O número de atendimentos na unidade cresceu consideravelmente nos últimos anos, com procedimentos cirúrgicos, consultas especializadas, internações clínicas e nas UTIs.
A média mensal de consultas médicas de urgência subiu de 2.784, em 2012, para 3.161 neste ano, e as eletivas foram de 2.189 para 2.334. Já as internações passaram de 454 em 2012 para 468 em 2013. De janeiro a agosto de 2013 foram 25.340 consultas de urgência, 19.003 consultas eletivas, 605 partos, 1.771 cirurgias e 3.802 internações.