Hospital João XXIII alerta para os riscos de afogamento de crianças

Na maioria das vezes, os afogamentos estão relacionados à falta de supervisão
Imagem: Internet
Somente nos últimos cinco meses, quatro crianças foram atendidas no HPS, vítimas de afogamentos em balde ou piscina de plástico

 

Cozinha não é lugar de criança, nem a área de serviço. Criança não pode ficar sozinha e deve ser vigiada 24 horas. Essas recomendações são exageradas? Não são e devem ser seguidas à risca, segundo a coordenadora da Clínica Pediátrica do Hospital João XXIII, Eliana de Souza.

A médica pediatra alerta que, do final do mês de dezembro de 2012 até maio deste ano, quatro crianças menores de dois anos deram entrada no Hospital João XXIII vítimas de afogamento em baldes ou piscinas de plástico. Uma delas morreu, outra teve alta e duas estão em estado grave.

Tragédia em um minuto

“Basta apenas um minuto para acontecer uma tragédia”, disse a pediatra que acha o número alto, pois não considera os casos que foram encaminhados para outras unidades de emergência e até mesmo os de crianças que morreram antes de chegar ao hospital. Eliane alerta também para as sequelas graves decorrente desse tipo de acidente.

As crianças na faixa etária de até três anos não têm um bom controle neuromuscular e a cabeça pesa mais que o corpo.  Quando elas caem, a tendência é que a cabeça tombe antes, o que explica os afogamentos em baldes de água ou mesmo piscinas de plástico.  

Falta de atenção

Para a pediatra, esses casos de afogamento ocorrem por absoluta falta de cuidado ao observar uma criança.  Baldes com água devem ser mantidos longe do alcance das crianças, assim como as máquinas de lavar roupa ou tanquinhos devem ficar fechados ou sob vigilância de um adulto quando estiverem abertos.

Eliane de Souza alerta para a necessidade de se mudar o conceito de prevenção de acidentes. É preciso uma mudança de comportamento e de atitude dos profissionais pediatras que não educam e das mães que não param para refletir. Importante lembrar também que esse tipo de acidente somente ocorre quando não há a presença de um adulto vigilante por perto”, salientou.

Cuidados básicos

A fim de garantir a segurança dos pequenos, alguns cuidados básicos devem ser seguidos:

• Evite deixar crianças na cozinha e/ou áreas de serviço. São locais que normalmente aguçam a curiosidade das crianças.

• No banheiro, deixe a tampa do vaso sanitário abaixada, para evitar afogamentos. Crianças menores não tem controle total do pescoço e podem não conseguir levantar a cabeça sozinhas em caso de um acidente desse tipo.