Maternidades da Rede Fhemig adotam ações para a redução da mortalidade materna

A gravidez segura é um direito de todas as mulheres
Imagem: Internet
Assistência pré-natal ajuda a reduzir a mortalidade materna
Hoje (28), em todo o mundo, é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher. No Brasil, a data motivou a criação do Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Esta temática está na base da política de assistência à saúde realizada pelas maternidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Rede Fhemig).
Em seu conjunto, todas as maternidades (Odete Valadares, Hospital Júlia Kubitschek, Hospital Regional Antônio Dias e Hospital Regional João Penido) oferecem planejamento familiar para as puérperas de alto de risco, pré-natal de alto risco, CTI adulto com protocolos específicos para gestante, parturiente e puérpera. Outro aspecto que caracteriza o atendimento dessas instituições é a capacitação das equipes de obstetrícia que atuam na urgência, bem como a formação de médicos residentes em ginecologia e obstetrícia.
Nas últimas duas décadas, o número de mortes de mulheres durante a gravidez ou no parto caiu em torno de 50% em vários países, inclusive no Brasil. As razões para o fenômeno, de acordo com a médica e referência técnica em ginecologia e obstetrícia da Maternidade Odete Valadares, Flávia de Oliveira, são o maior acesso ao planejamento familiar, a maior cobertura de assistência pré-natal, a capacitação de profissionais de saúde com habilidades obstétricas e também a facilitação do acesso aos cuidados obstétricos.

Comitê de Mortalidade Materna

Hospital Amigo da Criança, a Maternidade Odete Valadares e o Hospital Júlia Kubitschek possuem Comitê de Mortalidade Materna formado por médicos e enfermeiros de diferentes áreas de atuação (CTI, obstetrícia, pediatria e gestão). O comitê representa um espaço para a discussão entre os profissionais de saúde e os gestores do hospital, que torna possível, através da reflexão e da análise crítica dos óbitos ocorridos no estabelecimento de saúde, a identificação das responsabilidades e de medidas para evitar novos óbitos.

Direito social

A importância destas ações efetuadas pela Rede Fhemig fica clara quando se tem em vista que no país, o óbito de mulheres durante o parto é uma das dez principais causas de morte na faixa etária dos 10 aos 49 anos de idade. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente, 287 mil mulheres morrem a cada ano em todo mundo devido a complicações ligadas à gravidez e ao parto; são quase 800 casos por dia. Investir na atenção especializada Desse modo, o acesso à informação quanto aos direitos e aos cuidados que envolvem a gravidez, o parto e o pós-parto, se constitui num direito de toda a sociedade.
Em Belo Horizonte, uma das mais importantes causas de óbito materno são as hemorragias que ocorrem durante a gravidez e após o parto. Para reduzir estas ocorrências, as Maternidades da Rede investem na preparação de suas equipes para prestarem assistência especializada a essas mulheres. Todas elas possuem rotinas de atendimento e acompanhamento das gestantes em situação de risco, desde a sua admissão no pré-parto, durante o trabalho de parto, até o pós-parto imediato e tardio. Também, dentro do Bloco Obstétrico, são adotadas medidas para facilitar a identificação de possíveis complicações, assim como a criação de questionários e cheklists, tornando a abordagem o mais precoce possível.

Mobilização

Durante todo o dia de hoje, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) promove ação no twitter para mobilizar a sociedade para a redução da mortalidade materna no Brasil. Vão ser compartilhados, através da página do Fundo de População no Twitter (@unfpabrasil), com a hashtag #mortematernaNÃO, mensagens com informações sobre os índices de mortalidade materna no país, como garantir o acesso aos cuidados pré-natais de qualidade, à atenção obstétrica adequada, como evitar essas mortes e denunciar casos de violação do direito humano à maternidade segura.
Com informações da ONU Brasil