CEPAI faz roda de conversa no Dia Mundial de Conscientização do Autismo

 

Roda de Conversa no CEPAI com mães e profissionais de saúde
Foto: Anni Luise Sieglitz
Roda de conversa sobre autismo aconteceu hoje no CEPAI

 

 

Aconteceu hoje, dia 02 de abril, no Centro Psíquico da Adolescência e Infância (CEPAI), da Rede Fhemig, a roda de conversa com pais de crianças e adolescentes autistas, ministrada pela psicóloga colaboradora da unidade e professora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG) Paula Pimenta.

 

O evento se deu para registrar o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, e contou com a participação, além dos pais dos pacientes, e de Paula Pimenta, da gerente administrativa do CEPAI Jussara Santos Lopes, e de profissionais das áreas de psicologia, psiquiatria e terapia ocupacional.

Para a psicóloga Paula Pimenta, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo é de grande importância, para que as pessoas tenham conhecimento da existência do autismo e possam se interessar em saber mais sobre o transtorno, o que colabora para um melhor acolhimento das crianças que o possuem: “A sociedade ainda é despreparada para lidar com o autismo”, afirma Paula, que também é membro da Escola Brasileira de Psicanálise. A psicóloga também considera a mídia fundamental no processo de conscientização das pessoas, e relembrou a campanha da APAE de São Paulo junto ao cartunista Maurício de Sousa, que era bem informativa e foi veiculada por um longo tempo.

 

Foto Divulgação
Foto:Divulgação/Internet

 

Quanto à roda de conversa do CEPAI, é uma oportunidade para as mães ajudarem umas às outras, colocarem em pauta situações pelas quais passaram, sejam elas favoráveis ou desfavoráveis, e trocarem ideias e informações, por exemplo, de locais que fazem um trabalho sério e interessante com os autistas. Marli Gabriel, mãe de um jovem de 16 anos que já frequenta o CEPAI há 13, acredita que o aprendizado que ocorre entre as mães que participam da conversa é muito importante. Já Odília Gonçalves, também mãe de paciente, valoriza o trabalho dos funcionários do CEPAI: “Meia hora que conversamos com um profissional já é de uma ajuda enorme”, diz.

O bate-papo também é uma maneira de os profissionais explicarem aos pais as intervenções que vêm sendo feitas nos autistas. Segundo Paula Pimenta, o ideal é que seja feito um acompanhamento diário com o paciente, ou no mínimo três vezes por semana, sempre adaptado ao seu convívio escolar: “é preciso que haja um trabalho em conjunto com a escola, professor e acompanhante, para ver as estratégias que podem ser feitas. Os profissionais de saúde também devem estar envolvidos, para que a intervenção seja feita na mesma linha”, explica a psicóloga.

 

Ministério da Saúde lança diretrizes de atendimento para os autistas

 

O Ministério da Saúde lançou hoje a primeira política de saúde pública voltada especificamente para os autistas, com diretrizes especiais direcionadas a esse grupo. O material foi elaborado para ser distribuído para toda a rede de saúde, desde postos de atendimento até os hospitais, para que os profissionais da área possam conhecer os sinais de existência da síndrome. Segundo o secretário de atenção à saúde Helvécio Magalhães, em entrevista ao “O Estado de São Paulo”, o documento demorou dois anos para ser finalizado.