Rede Fhemig realiza 1º Fórum de Boas Práticas Farmacêuticas com foco na segurança do paciente

Rede Fhemig realiza 1º Fórum de Boas Práticas Farmacêuticas com foco na segurança do paciente
Foto: Michelle Toledo
Participantes durante apresentação de trabalho

Hospital Galba Velloso é premiado como melhor prática por trabalho sobre interações medicamentosas

Farmacêuticos e profissionais da enfermagem da Rede Fhemig e de outras instituições de saúde convidadas participaram, no dia 21 de novembro, do 1º Fórum de Boas Práticas Farmacêuticas – Segurança do Paciente, no auditório do Centro Universitário Newton Paiva. O tema traduz uma mudança de foco assistencial: sair da prescrição do medicamento e voltar-se para o paciente.

“Queremos disseminar as práticas seguras no uso de medicamentos no ambiente hospitalar para que sejam adotadas dentro e fora da Rede Fhemig”, explicou a coordenadora de Educação Continuada da Assistência Farmacêutica, Renata Gonçalves Diniz. Em sua apresentação, Renata demonstrou casos de erros de medicação veiculados na mídia recentemente e que poderiam ser evitados com métodos de trabalho eficientes. “Com este fórum, também valorizamos o papel do farmacêutico na assistência; ele contribui para evitar riscos jurídicos, assistenciais e cíveis para a instituição”.

Interações medicamentosas: a lição do Galba Velloso

Um dos destaques, premiado no final do evento, foi o trabalho apresentado pela equipe farmacêutica do Hospital Galba Velloso. Por se tratar de uma unidade psiquiátrica, é alta a utilização de medicamentos potencialmente perigosos (m.p.p), os psicotrópicos. Além disso, de forma geral, é também considerável o volume dos demais medicamentos, já que os pacientes podem apresentar comorbidades clínicas durante o tratamento (ou internação). O risco das interações medicamentosas é, portanto, uma realidade no HGV.

Foi criado, pela equipe da Farmácia do Galba, um banco de dados que cruza todos os itens utilizados no hospital, e prevê todas as interações entre estes medicamentos. Também foram revistas e normatizadas as prescrições, como os casos que preveem jejum, ou não, do paciente. “Tivemos uma redução significativa dos índices negativos ligados à nossa área. Problemas com prescrições e interações chegaram a zerar nos últimos meses”, conta o farmacêutico Hairton Ayres.

Gerenciamento da farmácia hospitalar

A equipe do Hospital João XXIII, também finalista da premiação, direcionou sua apresentação para o processo de reestruturação da Farmácia do hospital. Considerando o porte e perfil assistencial, os farmacêuticos conseguiram criar processos de controle do estoque, com uma programação que garante um índice superior a 95% no abastecimento de medicamentos para o HJXXIII. “Hoje somos autossuficientes e conseguimos saber, com fidelidade, o consumo médio diário do hospital”, afirma o farmacêutico Charles Silva Aguiar.

A terceira finalista do Fórum foi a equipe do Hospital Júlia Kubitschek, representada pela farmacêutica Ana Cristina Nunes da Silva. O trabalho também se refere ao controle de estoque, mas, neste caso, voltado para os medicamentos controlados (psicotrópicos) ministrados em gotas. Antes da atuação dos farmacêuticos, tais medicamentos ficavam armazenados sem dispositivos de segurança que identificassem o paciente que os utilizou.

A discussão promovida pelo Fórum teve repercussão positiva entre os participantes e promotores do evento. Como resumiu a supervisora da Assistência Farmacêutica, da Diretoria Assistencial, Hesseim Miranda, “a troca de experiências enriquece a assistência em qualquer sentido. O fórum foi produtivo; um passo importante para conseguirmos nosso principal objetivo: tornar a Rede Fhemig uma referência, também, em farmácia hospitalar”.

O evento pretende fazer parte de um calendário anual permanente e foi promovido pela Rede Fhemig (Diretoria Assistencial/Assistência Farmacêutica) em parceria com o Centro Universitário Newton Paiva e com o Conselho Federal de Farmácia de Minas Gerais.