Com uma estrutura que abrange 21 unidades hospitalares, nas mais diversas especialidades médicas, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) chega aos seus 35 anos comemorando avanços na assistência, resultado de uma gestão moderna - que investe na humanização do atendimento, na infraestrutura das unidades e na busca de novas ferramentas gerenciais que a qualifiquem cada vez mais.
Nos níveis de atenção secundária e terciária da saúde, a Fhemig realiza diversos serviços fundamentais ao cidadão mineiro. Está, na sua abrangência, as áreas de urgência e emergência, hospitais gerais, especialidades, saúde mental, reabilitação e cuidado ao idoso, e captação de órgãos para transplantes. As unidades que compõem estes complexos assistenciais são consideradas referências em suas áreas, muitas conquistadas pela extensa experiência.
Esta rede de hospitais públicos foi formada, no dia 3 de outubro de 1977, pela lei estadual nº 7.088, com a fusão de três fundações estaduais de assistência: leprocomial (Feal), psiquiátrica (Feap) e médica de urgência (Feamur). Nas últimas décadas, a Fhemig acompanhou a notável revolução nos campos da medicina e da tecnologia, incorporando, à sua assistência, os benefícios desta modernidade. E ainda foi se adequando, no dia a dia, às crescentes e diferentes demandas da população mineira e às necessidades do Sistema Único de Saúde – SUS.
A Fhemig colocou em prática o conceito de rede, estabelecendo um fluxo de atendimento entre seus hospitais. A estrutura atual é um fator facilitador para reunir equipes qualificadas e multidisciplinares.
Na Urgência, o Hospital João XXIII é a maior referência do Estado nos atendimentos aos casos de trauma, toxicologia, queimaduras, e outros onde há risco de morte ou de sequelas graves. O atendimento integral, dos primeiros atendimentos à reabilitação do paciente é possível graças ao suporte das demais unidades do complexo, a Unidade Ortopédica Galba Velloso (UOGV), Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) e o Hospital Cristiano Machado (HCM). Ainda na urgência, a referência pediátrica é o Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII).
Atendimentos especializados são referenciados nos hospitais Alberto Cavalcanti (Oncologia) e Eduardo de Menezes (doenças infectocontagiosas, aids) e na Maternidade Odete Valadares (gestações de alto risco). Quando as demais unidades da rede precisam deste suporte especializado, a integração se dá naturalmente.
Fhemig possui ainda outras três maternidades, nos hospitais Júlia Kubitschek, Regional Antônio Dias (Patos de Minas) e Regional João Penido (Juiz de Fora). Todas são capacitadas para atender às gestações de alto risco, com UTI’s Neonatal e adulto e serviços diferenciados, como as Casas da Gestante - um ambiente não hospitalar, onde as pacientes podem receber todo o acompanhamento médico necessário.
O envelhecimento da população e a demanda crescente de pacientes com sequelas físicas e neurológicas - devido ao aumento de acidentes no trânsito e dos casos de acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo, foram fatores essenciais para a criação do complexo de Reabilitação e Cuidado ao Idoso. Dessa forma, as ex-colônias de hanseníase se readequaram e hoje atendem, neste Complexo, a este novo perfil assistencial. São elas as Casas de Saúde Santa Izabel (Betim), Padre Damião (Ubá), Santa Fé (Três Corações) e São Francisco de Assis (Bambuí).
As unidades psiquiátricas - Instituto Raul Soares, Hospital Galba Velloso, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, Centro Psíquico da Adolescência e Infância e Centro Mineiro de Toxicomania - seguem as diretrizes da reforma na Saúde Mental. Algumas delas, como Barbacena, o Raul Soares e Galba Velloso, foram protagonistas neste processo, que estabeleceu novos procedimentos, mais humanitários, no tratamento dos pacientes psiquiátricos. E hoje estas unidades se preparam para mais um desafio, atendendo também a um novo perfil assistencial que vem tomando maiores proporções nos últimos anos: o tratamento ao dependente químico.
A Fhemig adotou mudanças estratégicas em sua gestão nos últimos anos. Os crescentes números de atendimentos, cada vez mais complexos e especializados, tornaram indispensáveis novas ferramentas que acrescentassem agilidade, eficiência e qualidade aos seus serviços.
Uma das mais significativas foi o Sistema Integrado de Gestão Hospitalar (SIGH), um software integrado ao ambiente web totalmente desenvolvido e customizado pela (e para a) Fhemig para gerenciar sua rotina hospitalar, centralizando informações e as disponibilizando em diversos módulos, como Custos, Farmácia, Prontuário, Exames, entre outros. Alguns destes módulos também se interagem com o Ministério Público e os residentes médicos, por ser um ágil, eficiente e confiável instrumento de gestão hospitalar. Este trabalho atraiu interesse de várias instituições e profissionais do país e até do exterior.
A Fundação possui hoje um parque tecnológico considerável na área hospitalar, com equipamentos e estrutura que permitem maior qualidade e segurança à assistência, mas também preza pelo atendimento humanizado aos seus usuários. Um exemplo disso é o desenvolvimento de programas reunidos no Portfólio Premium da instituição, como o “Estruturando o Foco” e o “Você é Único” que, como os próprios nomes transparecem, são direcionados ao paciente, tornando seu atendimento mais personalizado.
A transparência pública também foi contemplada na gestão. O mais recente passo da Fundação foi a criação da “Prestação de Contas ao Paciente”, ou “Conta Paciente”, um projeto pioneiro que informa ao cidadão, e usuário das unidades desta Rede, os custos hospitalares de seu tratamento. É claro que a intenção não é de cobrança, uma vez que o SUS é gratuito e universal. Mas apenas de lembrar à sociedade que saúde não tem preço, mas tem custo. E um custo que é debitado dos cofres públicos, fomentados com a arrecadação de impostos pagos pelos próprios usuários deste serviço.
Além do perfil assistencial, a Fhemig se tornou um potencial polo de pesquisas e de formação profissional. Atualmente, seu Programa de Residência Médica é um dos mais disputados do país. Espera-se, para 2013, cerca de 400 vagas para residentes nas unidades da Rede. Ainda na área de formação profissional, a Fhemig possui hoje 180 mestres e 50 doutores em seu quadro.
Na área de pesquisa, a Fhemig desenvolveu, nestes 35 anos, 1.400 trabalhos. Atualmente, são 186 pesquisas em estudo, nos 27 grupos registrados no CNPq, relacionadas a patentes, softwares e outros temas de relevância à saúde pública. A instituição pode tornar-se, em breve, mais uma mantenedora do parque tecnológico do Estado.
Os hospitais Eduardo de Menezes e João XXIII integram a Câmara Temática da Saúde para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, formada por representantes do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde (ANS), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e das 12 cidades e estados que receberão os jogos.
Estes hospitais elaboraram o Plano de Atendimento a Desastres e Catástrofes, que tem como objetivo às estas possíveis situações de desastres durante este evento esportivo. Somente em Belo Horizonte, são esperados 200 mil estrangeiros e 430 mil brasileiros.
A adequada preparação logística é essencial para garantir a segurança de todos que irão participar da Copa. Os serviços de saúde adquirem papel estratégico no atendimento a um novo perfil de possíveis pacientes, tanto em número quanto em diversidade dos casos.
A Fhemig assume sua missão de prestar uma assistência hospitalar de qualidade neste cenário, planejando e executando suas atividades da melhor forma – com responsabilidade, resolutividade e respeito ao cidadão mineiro. Afinal, o resultado positivo de anos de atuação se fez com a soma de dias dedicados e voltados para um sistema cada vez melhor e universal, como preconiza a Constituição Brasileira.
A rede é responsável por 6,35% das internações do SUS em Minas Gerais.
Nestes 35 anos, foram:
- 2,3 milhões de internações;
- 20 milhões de consultas de urgência;
- 10 milhões de consultas ambulatoriais;
- 120 milhões de exames realizados, entre outros números que demonstram o destaque que a Fhemig ocupa no cenário do Estado.
Fonte: Gerência de Gestão da Informação/ Diretoria de Desenvolvimento Estratégico Fhemig