Especialistas do Hospital Eduardo de Menezes orientam a população sobre o vírus influenza

Influenza A H1N1
Imagem: Internet

Apesar do fim da pandemia de influenza A H1N1, há dois anos, oficialmente declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os surtos localizados que ainda ocorrem, devido ao fato de o vírus continuar a circular, preocupam o cidadão comum. Diante disso, o Hospital Eduardo de Menezes, da Rede Fhemig, referência estadual no tratamento de doenças infectocontagiosas, esclarece a população sobre a real dimensão do problema que se constitui num desafio para a saúde pública em todo o mundo.


Segundo a médica infectologista Gláucia Cota a infecção provocada pelo vírus da influenza pode se tornar grave quando ocorre em pessoas que já estão debilitadas por outras doenças e em alguns indivíduos que, embora saudáveis, apresentam uma resposta muito intensa ao vírus. Portanto, “na maioria das pessoas, a infecção é leve e se resolve sem complicações”, alerta a médica.

Sintomas

As pessoas devem estar atentas ao fato de que a influenza A H1N1 (ou gripe suína) costuma ocorrer com mais frequência no inverno e é causada por uma variedade de subtipos de vírus que provocam sintomas muito semelhantes aos da gripe comum. Daí a importância de se procurar um médico ou o posto de saúde tão logo surjam os sintomas.

O infectologista Marcelo Oliveira ressalta que a presença simultânea de febre repentina e tosse ou dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações ou coriza indica a necessidade de buscar, o mais rápido possível, atendimento médico.

Outros tipos

Os comunicados epidemiológicos dos órgãos de saúde, indicam que, neste momento, estão em circulação dois outros tipos de vírus que podem causar os mesmos sintomas que o influenza subtipo H1N1. Trata-se do H3N2 e do influenza B, ambos são considerados endêmicos, ou seja, estão em circulação há vários anos e por esta razão muitas pessoas têm imunidade contra eles, o que leva a uma taxa de circulação menor e, por consequência, a um menor risco de surtos.

Como surgiu

Em 2009, houve a introdução de um subtipo totalmente novo do vírus influenza, para o qual a população não tinha defesa. Isso causou uma propagação muito rápida deste vírus levando ao adoecimento de um grande número de pessoas ao mesmo tempo e há uma concentração dos casos graves. Naquela ocasião, havia o temor de que esse novo vírus fosse mais agressivo que os já existentes, o que não se confirmou. “O H1N1 tem a mesma taxa de complicação que o vírus da influenza sazonal, mas ainda há um percentual significativo da população que nunca se expos a ele, isso permite que se espalhe fácil e rapidamente”, explica Gláucia Cota. No entanto, não há motivo para alarmismo.