Uma das maiores redes de hospitais públicos do país, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) lembra o Dia Mundial da Saúde (7 de abril) comemorando avanços na assistência - que incorporou novas técnicas e equipamentos combinados à humanização do atendimento, nos seus 35 anos de atuação na saúde pública mineira.
A rede é responsável por 6,35% das internações do SUS em Minas Gerais. Nestes 35 anos, foram 2,3 milhões de internações, 26 milhões de consultas de urgência, 13 milhões de consultas ambulatoriais e 94 milhões de exames realizados, entre outros números que demonstram o destaque que a Fhemig ocupa no cenário do Estado.
A Fhemig é uma rede de saúde pública, ligada à Secretaria de Estado de Saúde, que oferece assistência em seis complexos distintos, com 21 unidades hospitalares distribuídas na capital e no interior de Minas.
Na atenção secundária e na terciária, a Fhemig realiza diversos serviços fundamentais ao cidadão mineiro. Está, na sua abrangência, as áreas de urgência e emergência, hospitais gerais, especialidades, saúde mental, reabilitação e cuidado ao idoso, e captação de órgãos para transplantes.
Na Urgência, é relevante o papel do Hospital João XXIII nos atendimentos aos casos de trauma, toxicologia, queimaduras, e outros onde há risco de morte ou de sequelas graves. A população mineira reconhece o excelente trabalho desenvolvido por este hospital, que possui profissionais com expertisse, tecnologia de ponta e protocolos eficazes. O mesmo complexo reúne as unidades de suporte, Unidade Ortopédica Galba Velloso (UOGV), Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) e Hospital Cristiano Machado (HCM), e a referência pediátrica, o Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII). Ao todo, em 2011, foram 203 mil atendimentos de urgência.
Além de urgências pediátricas, o HIJPII desenvolve programas reconhecidos internacionalmente, como o Vent-Lar, que atende, em casa, crianças com doenças neuromusculares crônicas e degenerativas. Toda a estrutura, tanto física quanto de profissionais, é disponibilizada pela unidade. O mesmo serviço é oferecido aos pacientes adultos no Hospital Júlia Kubitschek, também referência estadual em Pneumologia e Tisiologia.
Atendimentos especializados são referenciados nos hospitais Alberto Cavalcanti (Oncologia) e Eduardo de Menezes (doenças infectocontagiosas, Aids) e na Maternidade Odete Valadares (gestações de alto risco).
O Hospital Alberto Cavalcanti possui uma equipe multiprofissional para atender aqueles que necessitam de um tratamento oncológico integral, ou seja, além da área terapêutica, oferece suporte emocional aos pacientes e à sua família. O hospital também trabalha, nos últimos anos, com o apoio de uma equipe de Cuidados Paliativos. O Hospital Eduardo de Menezes, um dos primeiros a receber pacientes portadores do vírus HIV no país, tornou-se referência em doenças infectocontagiosas, contando também com uma equipe multidisciplinar, que abrange todas as necessidades físicas e psicológicas de seus pacientes, além de uma infraestrutura moderna e adaptada à sua finalidade. O HEM também é referência em Dermatologia Sanitária.
A Fhemig possui quatro maternidades, todas preparadas para atender às gestações de alto risco, com UTI’s Neonatal e adulto e serviços diferenciados, como as Casas da Gestante – um ambiente não hospitalar, dentro da unidade, onde as pacientes podem se hospedar e receber todo o acompanhamento médico necessário durante e depois de seu parto. A Maternidade Odete Valadares e os hospitais Júlia Kubitschek, Regional Antônio Dias (Patos de Minas) e Regional João Penido (Juiz de Fora) oferecem esta estrutura às gestantes e parturientes.
Somente nos últimos 4 anos, foram realizados mais de 33 mil partos nas maternidades da Rede Fhemig, sendo 11 mil cesáreas – um índice abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde, apesar de serem unidades que atendem às gestações de alto risco.
O envelhecimento da população e a demanda crescente de pacientes com sequelas físicas e neurológicas - devido ao aumento de acidentes no trânsito, por exemplo, foram fatores essenciais para a criação do complexo de Reabilitação e Cuidado ao Idoso. As unidades são as ex-colônias de hanseníase: Padre Damião (Ubá), Santa Izabel (Betim), Santa Fé (Três Corações) e São Francisco de Assis (Bambuí). Como a doença foi praticamente erradicada, toda a estrutura foi readequada e hoje atende, e é referência, a este novo perfil assistencial.
As unidades psiquiátricas – Instituto Raul Soares, Hospital Galba Velloso, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, Centro Psíquico da Adolescência e Infância e Centro Mineiro de Toxicomania - seguem as diretrizes da reforma na Saúde Mental. Algumas delas, como Barbacena, o Raul Soares e Galba Velloso, foram protagonistas neste processo, que estabeleceu novos procedimentos, mais humanitários, no tratamento dos pacientes psiquiátricos.
Gerenciar a captação de órgãos e a realização de transplantes em Minas Gerais é de única responsabilidade do MG Transplantes. O apoio operacional do Governo de Minas e os constantes investimentos em capacitação, campanhas de conscientização e na própria infraestrutura fizeram com que os números de transplantes realizados – 8.500 nos últimos 4 anos - atingissem níveis cada vez mais satisfatórios. O tempo de espera por um transplante de córnea caiu de 24 para 5 meses em apenas três anos, por exemplo. Foram captados 4.685 órgãos e tecidos em 2011.
Além do perfil assistencial, a Fhemig se tornou um potencial pólo de pesquisas e de formação profissional. Atualmente, seu Programa de Residência Médica é um dos concursos mais disputados do país, principalmente em algumas especialidades, como cirurgia plástica, dermatologia sanitária e cirurgia torácica.
Na área de pesquisa, a Fhemig tem 23 grupos registrados no CNPq, com 167 pesquisas em andamento, relacionadas a patentes, softwares e outros temas de relevância à saúde pública. Nestes 35 anos, foram desenvolvidas quase 1.400 pesquisas. Com isso, a instituição pode tornar-se, no futuro, mais uma mantenedora do parque tecnológico do Estado.
A Fhemig assume sua missão de prestar uma assistência hospitalar de qualidade neste cenário, planejando e executando suas atividades da melhor forma – com responsabilidade, resolutividade e respeito ao cidadão mineiro. Afinal, um “Dia Mundial da Saúde” se faz com a soma de dias dedicados e voltados para um sistema cada vez melhor e universal, como preconiza a Constituição Brasileira.