Fhemig lança campanha de combate ao uso de drogas "Se liga! Crack não é brincadeira!"

Criação: Cláudia Resende (ACS Fhemig)
Criação: Cláudia Resende (ACS/Fhemig)

Para atingir a população, principalmente os jovens, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) lança, neste dia 11, a campanha “Se liga! Crack não é brincadeira!”, com a participação do padrinho e músico Wilson Sideral e de funcionários e especialistas da instituição.



Às 14 horas, começa uma coletiva no Centro Mineiro de Toxicomania (Alameda Ezequiel Dias, 365 – Santa Efigênia), com a presença do músico Wilson Sideral, do presidente da Fhemig, Antônio Carlos de Barros Martins, e da diretora da unidade, Raquel Pinheiro.

Outro importante destaque deste evento é a participação do contador de histórias Roberto Carlos Ramos. Dos 6 aos 13 anos de idade, Roberto viveu longe da família, usando drogas e cometendo furtos nas ruas de Belo Horizonte, chegando a ser considerado um “caso irrecuperável”. Adotado por uma francesa, Roberto virou o jogo. Hoje é pedagogo, mestre em Educação pela Unicamp, pós-graduado em Literatura Infantil pela PUC-MG, membro da Associação Internacional de Contadores de Histórias e Valorizadores da Expressão Oral Mundial (sediada em Marselha, França) e eleito como um dos 10 maiores contadores de histórias do mundo, em Seattle (EUA). Foi ainda o personagem principal do filme “O contador de Histórias”, do diretor Luiz Villaça.

Funcionários da Comunicação da Fhemig estarão caracterizados com máscaras de gesso e roupas pretas, seguindo a identificação visual da campanha, panfletando em frente ao Centro Mineiro de Toxicomania, referência estadual no tratamento de dependentes químicos.


Experiência e estrutura do CMT ajudam na recuperação de usuários

Reconhecido pela Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) como Centro de Excelência para tratamento de dependentes químicos, o Centro Mineiro de Toxicomania – CMT, da Rede Fhemig, vem trabalhando para difundir junto à sociedade que o problema da dependência tem cura, e que os pacientes podem ser inseridos novamente ao convívio social.

 

O CMT tem capacidade para receber em tratamento 225 pacientes, sendo dotado de leitos de desintoxicação e repouso, espaço de permanência-dia, atendimentos individuais nas áreas de enfermagem, clínica médica, psicologia e psiquiatria, além das oficinas terapêuticas. Realiza grupos de orientação a familiares de usuários de álcool e outras drogas.


Estatísticas

Segundo Raquel Martins Pinheiro, o CMT possui um banco de dados em constante atualização e, entre as muitas análises dos perfis dos pacientes atendidos, destaca-se um estudo comparativo entre os usuários de drogas e álcool.


Em 2010, do total de 921 pessoas que procuraram tratamento no CMT, o percentual dos usuários de álcool foi menor (39,63%) em comparação com os seis primeiros meses deste ano (40,41%). Historicamente, desde 1997, os usuários de álcool mantiveram um percentual em torno de 40% e os usuários de crack, em torno de 30%. Contudo, este perfil vem se alterando gradativamente.  Até 20 de junho deste ano, os usuários de crack (41,03%) ultrapassaram os usuários de álcool (40,41%).


Crack: um desafio na saúde pública

O crack provoca euforia e autoconfiança por poucos minutos. E causa danos para a vida toda:

. Intoxicação: Ao aquecer a latinha para inalar o crack, junto ao vapor da droga ele aspira alumínio, que danifica o cérebro, os pulmões, rins e ossos.

. Fome e sono: O dependente quase não come ou dorme, se descuida da higiene e da aparência.

. Ossos e músculos: O uso crônico pode levar à degeneração irreversível dos músculos esqueléticos.

. Coração: A liberação da dopamina faz o usuário ficar agitado e eleva a adrenalina. A frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam, causando problemas cardiovasculares.

. Oscilações de humor: O crack lesiona o cérebro. Há perda de função de neurônios, deficiências de memória e de concentração e oscilações de humor.

. Prejuízo cognitivo: Pode ser grave e rápido, abaixando o QI do usuário.

. Na gravidez: O crack prejudica o desenvolvimento fetal, podendo causar graves danos ao sistema nervoso central e ao cérebro. Há maior risco de aborto, hemorragias, parto prematuro e malformações físicas.

. Pulmões: Os dependentes ficam vulneráveis à pneumonia e à tuberculose. Há evidências de que a droga causa problemas respiratórios agudos.

. Doenças psiquiátricas: Em razão da ação no cérebro, quadros psiquiátricos mais graves, com alucinações e delírios, também podem ser desencadeados.

. Sexo: o desejo sexual diminui. Os homens têm dificuldade para conseguir ereção. Os usuários adotam comportamento de risco, favorecendo as doenças sexualmente transmissíveis.

. Morte: Pacientes podem morrer de doenças cardiovasculares e relacionadas com o enfraquecimento do organismo. Mas a causa mais comum de óbito é a exposição à violência e às situações de perigo.

 

ONDE PROCURAR AJUDA:

Centro Mineiro de Toxicomania (Fhemig): (31) 3217-9000

CERSAMAD/ PBH: (31) 3277-1573

CAPSAD/ Contagem: (31) 3398-7378

CAPSAD/ Lagoa Santa: (31) 3681-8811

CAPSAD/ Ribeirão das Neves: (31) 3624-6867

CAPSAD/ Vespasiano: (31) 3621-1748.