Desde o ano passado as unidades da Fhemig têm trabalhado de forma integrada e com respaldo da Diretoria de Desenvolvimento Estratégico (Diest) para a criação, consolidação e aprimoramento de suas ouvidorias. A iniciativa teve início com o Pacto de Gestão Participativa 2016/2017, em que consta como uma das metas para as unidades a implantação da Ouvidoria SUS e utilização da ferramenta eletrônica de gerenciamento Ouvidor SUS, disponibilizada pelo Ministério da Saúde.
Regulamentado pela Portaria SGEP Nº 8, de 25 de maio de 2007, o sistema Ouvidor SUS tem por objetivo ampliar e aperfeiçoar o atendimento das demandas que chegam às ouvidorias do SUS (secretarias de Saúde, hospitais e outros órgãos), garantindo a escuta, análise e retorno das demandas de forma integrada e padronizada.
Para obter acesso a esse sistema, cada unidade da Fhemig teve que elaborar um plano de ação, que foi encaminhado à Ouvidoria Geral do Estado de Minas Gerais (OGE-MG), e, na sequência, para o Ministério da Saúde. Desde março de 2017, as unidades têm recebido as senhas de acesso à ferramenta.
Paralelamente a isso, a Ouvidoria de Saúde da OGE-MG também deu início a uma série de ações com intuito de viabilizar o Sistema Estadual de Ouvidorias de Saúde, do qual fazem parte as unidades da Fhemig junto a outras instituições de saúde. Durante o ano de 2016, foram realizadas reuniões, oficinas e treinamentos com representantes dos órgãos envolvidos no projeto.
De acordo com o supervisor da Diest e referência na implantação e consolidação das ouvidorias SUS na Fhemig, Paulino Fantoni Lima, atualmente todas as unidades da Fundação possuem ouvidorias. O desafio é fazer com que alcancem um mesmo padrão no que diz respeito à estrutura física e ao funcionamento diário. “Nosso objetivo é que, com o tempo, todas alcancem esse modelo ideal. A Diest tem promovido encontros periódicos para alinhar e discutir a atuação das ouvidorias nas unidades”, afirma.
O supervisor acredita que ainda é necessário trabalhar na conscientização do papel da ouvidoria. “Gestores, servidores e usuários precisam conhecer bem a função desse serviço. Trata-se de um espaço fundamental para manifestação dos cidadãos, além de uma importante ferramenta de gestão. Temos que trabalhar na promoção dessa cultura nas unidades”, acredita.
A Ouvidoria do HJK foi criada para democratizar a gestão, com foco na melhoria da assistência e no fortalecimento da cidadania. De 2013 até o fechamento do primeiro trimestre de 2017, foram abertos 497 processos na ouvidoria. A maioria surge por demanda presencial, mas também há manifestações recebidas por e-mail e até carta.
“O aspecto mais gratificante de trabalhar em ouvidoria é o de dar uma resposta à demanda do manifestante. Ainda que não seja a reposta esperada, o momento do retorno faz com que o cidadão acredite ainda mais no trabalho da nossa unidade como um todo. A pessoa se sente respeitada e atuante”, conclui Kátia Fonseca.