Lançado na manhã de quinta-feira (17), no auditório do Hospital João XXIII, o Manual de Cargos e Funções da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), elaborado pela Diretoria de Gestão de Pessoas (DIGEPE), por meio da Coordenação de Quadros, Carreiras e Competências (CQCC), contribui para a modernização da gestão de pessoas na Fhemig, na medida em que é importante ferramenta para o planejamento e o estabelecimento de ações estratégicas, ancorados na adequação funcional dos profissionais que atuam na instituição, de modo a permitir aumento de produtividade e maior retenção de talentos.
A cerimônia contou com a presença do presidente da Fhemig, Jorge Nahas, do vice-presidente, Paulo Tarcísio Pinheiro, da diretora de Gestão de Pessoas, Denise Antônia de Paulo, da diretora Assistencial, Yara Ribeiro, do gerente de Planejamento e Gestão de Pessoas, Marcelo Alves, do coordenador da CQCC, Jair Alves, de diretores, gerentes e servidores de diversas Unidades Assistenciais e da administração central.
Em sua primeira versão, o manual foi desenvolvido ao longo de três anos e meio e descreve as 177 funções exercidas pelos profissionais do quadro de pessoal permanente da Fhemig, distribuídas por cinco carreiras (AUAS – nível fundamental, TOS – nível médio, AGAS – nível superior, MED - médicos e PENF – profissionais de enfermagem, que abrange de técnicos a profissionais de nível superior).
Para a elaboração do manual, a equipe da CQCC promoveu um trabalho minucioso de pesquisa dos bancos de dados da Fhemig, como também consultou editais de concursos e manuais desenvolvidos por outros órgãos, realizou numerosas entrevistas com os profissionais que atuam nas diversas funções descritas, além de ouvir conselhos de classe. Tecnicamente, o Manual de Cargos e Funções é um documento institucional que estabelece as atribuições de cada uma das funções existentes na Fhemig. Daí a sua importância como instrumento que irá nortear e subsidiar a área de Recursos Humanos em sua rotina cotidiana de treinamento, provimento e avaliação de desempenho, dentre outras ações.
Outro importante papel do manual é a promoção de um diálogo mais eficaz e de maior interação entre os setores, uma vez que a disseminação do conhecimento acerca dos cargos e funções permite a melhor compreensão dos recursos humanos que constituem a Fundação, inclusive com ganhos de mobilidade dos servidores. O manual também terá papel fundamental no momento da elaboração do Plano de Gestão de Desempenho Individual (PGDI), pois irá permitir que as chefias tenham uma clara visão das atribuições e perfis ligados aos diversos cargos e funções e assim poderão planejar melhor as ações dos seus grupos de trabalho.
O presidente Jorge Nahas afirmou que o trabalho desenvolvido pela CQCC é de extrema importância para a instituição. “A gestão de pessoas é sempre um desafio para uma instituição com 12 mil pessoas. O manual é uma ferramenta muito importante. Ele deve guiar as nossas ações cotidianas”.
Como salientou o vice-presidente, Paulo Tarcísio Pinheiro, o manual dialoga com o trabalho de dimensionamento de cargos que está sendo realizado pela DIGEPE atualmente. “A partir de agora, todas as ações de contratação, exoneração e demais atividades de movimentação serão baseadas no manual”, afirmou. Paulo Tarcísio destacou também que as funções são dinâmicas e que, portanto, o manual deverá ser atualizado conforme o perfil dos cargos e funções experimente alterações. "Todos os gestores devem conhecê-lo e usá-lo no seu dia a dia”, ponderou.
Para a diretora de Gestão de Pessoas, Denise Antônia de Paulo, o Manual de Cargos e Funções é um produto que deve ser usado como ferramenta de planejamento estratégico. Ele é fruto do trabalho não somente da equipe responsável pela sua elaboração, mas de todas as pessoas que, de alguma forma, contribuíram para a sua construção. “Para a gente continuar, a gente tem sempre que reconhecer o trabalho daqueles que nos antecederam”, pontuou.
Na linha de frente do projeto de elaboração do novo Manual de Cargos e Funções, o gerente de Planejamento e Desenvolvimento de Pessoas da DIGEPE, Marcelo Alves, contou que ao iniciarem o trabalho de atualização da descrição dos cargos e funções, a equipe se deparou com uma multiplicidade de realidades dentro da Fhemig, uma vez que cada uma das 20 unidades assistenciais tinha sua própria interpretação dos cargos e funções, o que mostrava claramente a falta de diálogo e integração institucional, ao mesmo tempo em que tornava imperioso a elaboração do manual. “Eram vinte ‘Fhemigs’ dentro de uma só. A gente tinha que fazer 20 atualizações”, afirmou Marcelo Alves. De acordo com o gerente, o manual traz uma descrição ao mesmo tempo técnica e comportamental, pois elenca não apenas os conhecimentos técnicos, como também as habilidades e atitudes derivadas dos cargos e funções.