Fhemig debate ética e administração de conflitos no serviço público

Foto: Fernanda Moreira
Ex-secretária executiva do Conselho de Ética do Estado de Minas Gerais, Iara Vieira Veloso Pinheiro, conduziu a apresentação sobre ética e administração de conflitos


Ontem (15), a Administração Central da Fhemig recebeu uma palestra sobre ética no serviço público e administração de conflitos, ministrada pela ex-secretária executiva do Conselho de Ética do Estado de Minas Gerais, Iara Vieira Veloso Pinheiro. A iniciativa se deu por convite do Comitê Impulsionador de Humanização da Fhemig, em uma ação organizada pela Coordenação de Avaliação de Desempenho e Acompanhamento Funcional (CAAF) e Coordenação de Humanização - Humaniza Fhemig.

Estiveram presentes a chefe de gabinete da Presidência da Fhemig, Jane Pinto Gomes – representando o presidente da Fundação, Jorge Nahas; a diretora de Gestão de Pessoas, Denise Antônia de Paulo; a coordenadora da CAAF, Maria Conceição de Deus Silva Campos; a coordenadora do Comitê Impulsionador de Humanização da Fhemig, Valéria Coelho; além de servidores da instituição.

Em sua fala, Iara esclareceu alguns aspectos referentes à conduta ética no serviço público, ressaltando aspectos como a dignidade, lealdade, cortesia e integridade. “Ética é uma conduta respeitosa baseada em princípios e valores. Está relacionada à consciência e escolha. Agir com ética é uma busca constante. O ser humano é dual e contraditório por natureza. Portanto, devemos estar sempre alertas e vigilantes para a manutenção desses princípios éticos no dia a dia e lidar de forma respeitosa com as pessoas”, explica.

Esse tema assume uma relevância ainda maior quando abordado no âmbito do serviço público, no qual a supremacia do interesse público deve nortear qualquer tipo de decisão. “É fundamental que o trabalhador tenha essa consciência e, em caso de dúvida, sempre se pergunte: ‘Isso é de interesse público? ’. Cargo ou função não é privilégio e sim dever. Poder institucional jamais deve ser confundido com poder pessoal”, esclarece Iara.

Administração de conflitos

Conflitos fazem parte da vida. No trabalho também é natural que existam divergências entre agentes públicos, seja por objetivos incompatíveis, opiniões diferentes ou até mesmo incapacidade de aceitar diferenças. Nesse tipo de situação, é papel do gestor e da comissão de ética da instituição atuarem como ‘terceiro facilitador’, administrando e mediando conflitos com análise da circunstância sob um ponto de vista ético. “É necessário que se ouça cada indivíduo envolvido com a mesma atenção, sempre focalizando o conflito e não as pessoas. Deve-se atuar para facilitar a solução e jamais tomar partido”, ressalta.

A especialista também esclareceu que é comum confundir “conflito” com “assédio moral”. Enquanto o conflito caracteriza-se por ser um episódio isolado de desavença, o assédio é marcado pela insistência, impertinência e perseguição constante em relação a alguém, para se conseguir algo. “O assédio moral no trabalho é a exposição da pessoa a situações humilhantes e constrangedoras, de forma repetitiva e prolongada. É proposital e desestabiliza a vítima no ambiente de trabalho, trazendo danos à personalidade, dignidade e integridade psíquica ou física do trabalhador”, afirma.

Em caso de assédio moral, o agente público estadual de Minas Gerais deve realizar denúncia por meio de formulário próprio, disponível no site da Ouvidoria Geral do Estado (http://www.ouvidoriageral.mg.gov.br/formulario). O formulário pode ser encaminhado para a área de recursos humanos da instituição em que o agente trabalhe ou direcionado à própria Ouvidoria Geral do Estado, se o trabalhador considerar mais confortável.