Dia Mundial da Sepse

Domingo, 13 de setembro, é o Dia Mundial da Sepse. Segundo o coordenador de Protocolos  Clínicos da Fhemig, Guilherme Freire Garcia, no  mundo, estima-se 24 milhões de casos de sepse anualmente, com mortalidade acima de 50%. A sepse é uma resposta sistêmica a uma doença infecciosa, causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários. O Dia Mundial da Sepse busca alertar a população leiga e lembrar aos profissionais de saúde que o tempo é fundamental para salvar vidas.

 

 

No Brasil, estima-se cerca de 600.000 novos casos por ano, com alta mortalidade geral de 44,8%, sendo 58% em hospitais públicos e 34,5% em hospitais privados, segundo relatório do Instituto Latino Americano sobre Sepse, em 2014. A doença tem alto custo, com gastos médios de 9,6 mil dólares por paciente no Brasil.

Sepse, conhecida pelo público leigo como infecção generalizada, é um importante problema de saúde pública no mundo e atualmente é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI's) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia.

 

Protocolo  da sepse

A Fhemig adota o protocolo de sepse baseado em protocolo mundial da “Campanha Sobrevivendo à Sepse” desde 2007, com treinamentos continuados sobre o tema. Foi registrada de  2010 a 2013 uma diminuição da mortalidade geral por sepse de 24% em oito hospitais da Rede, concomitante à implementação do protocolo.

A prevenção de mortalidade por sepse se faz por diagnóstico precoce, isto é, um paciente com infecção começa a ter sintomas de acometimento geral, como aumento da frequência cardíaca, baixa da pressão arterial, confusão mental, diminuição da diurese, entre outros sintomas, que devem ser reconhecidos prontamente pela equipe assistencial, principalmente os médicos e enfermeiros.

Treinamentos

Segundo Guilherme, os treinamentos realizados na Fhemig para o protocolo da sepse foram focados nos médicos, enfermeiros, laboratório e farmácia, consistindo em um fluxo multiprofissional de ações, com metas específicas  para cada profissional. Exemplo:  quando um paciente com uma infecção tem alterações em sinais vitais, o enfermeiro notifica o médico, que rapidamente inicia a coleta de exames necessários e inicia o antibiótico (que deve ser disponibilizado pela farmácia até em uma hora) e outras medidas. Caso o paciente não melhore, pode ser transferido ao CTI, onde medidas de cuidados intensivos  são iniciadas rapidamente.