O dia 5 de maio foi escolhido pela Organização Mundial de Saúde para reforçar a importância da medida mais simples e eficaz para prevenção de transmissão de infecções hospitalares: a higienização das mãos. Aproveitando a data, a Vigilância Hospitalar (Vhosp) da Diretoria Assistencial (DIRASS) da Rede Fhemig disponibiliza hoje, para consulta pública e apreciação da comunidade hospitalar, a versão preliminar do Procedimento Sistêmico (PRS) de Higienização das Mãos. Trata-se de um documento cujo objetivo é servir de referência de conduta a todas as unidades da Fundação.
De acordo com o coordenador da Vhosp da Diretoria Assistencial da Rede Fhemig, Flávio de Souza Lima, para a elaboração do PRS foi feita uma revisão da literatura médica sobre o assunto, utilizando como base as diretrizes da Anvisa e da OMS. “Pretendemos, após o término do período de consulta pública, promover novos treinamentos para os nossos profissionais, tendo como base o Procedimento Sistêmico. A nossa proposta é unificar as condutas operacionais padrões de controle de infecção na Rede Fhemig para todas as unidades”, explica o coordenador.
A higienização das mãos deve ser encarada, antes de tudo, como parte do processo de higiene pessoal de rotina de todo ser humano. E isso não muda quando se trata do ambiente hospitalar. “A higienização adequada das mãos é a medida mais eficaz, menos dispendiosa e uma das mais negligenciadas para controle de infecção hospitalar. Trata-se da principal forma de prevenção de transmissão cruzada de microorganismos resistentes de um paciente para outro. Alguns estudos mostram que seria possível prevenir em até 80% dos casos uma infecção hospitalar se toda a equipe assistencial, acompanhantes e visitantes higienizassem as mãos corretamente”, ressalta Flávio.
“Geralmente, devido à pressa do dia a dia, as pessoas têm a tendência de considerar que algo simples, como a higienização das mãos, é dispensável. Temos duas maneiras principais de limpar as mãos no trato diário com os pacientes: uma é a lavagem com água e sabão e, a outra, com álcool gel. As duas técnicas são muito semelhantes. A única diferença é que, no caso do álcool gel, basta friccionar as mãos e deixar secar naturalmente, sem enxágue”, reforça o especialista.
A Fhemig tem uma preocupação especial com o controle de infecção. Todas as unidades hospitalares da Fundação possuem sua Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) constituída e atuante. “As CCIHs, sempre que necessário, realizam treinamentos sobre o tema com os profissionais da assistência”, afirma Flávio. Nesse sentido, o PRS de higienização das mãos apresentado hoje terá um papel preponderante como referência para toda a Fundação, inclusive com propostas de indicadores que devem quantificar o processo de higienização das mãos em toda a Rede.