A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, rede formada por 21 hospitais públicos, comemora hoje (2) o Dia Nacional do Hospital. Desde 2007, a Rede Fhemig está organizada em seis complexos assistenciais, de acordo com as especialidades médicas.

O maior complexo de urgência e emergência do país é composto por cinco hospitais: o Hospital João XXIII é pioneiro, em Belo Horizonte, na elaboração do Plano de Atendimento a Desastres e Catástrofes (PAD), criado para fazer frente às situações inesperadas e que demandam resposta imediata, com uma grande capacidade de readequação e priorização do atendimento. Os hospitais Maria Amélia Lins, Cristiano Machado (Sabará) e a Unidade Ortopédica Galba Velloso dão suporte ao HJXXIII, realizando cirurgias eletivas ou recebendo os pacientes que necessitam de internação prolongada. O Hospital Infantil João Paulo II atende urgências e emergências pediátricas.

Os hospitais gerais são Júlia Kubitschek, Regional Antônio Dias (Patos de Minas), Regional João Penido (Juiz de Fora), Geral de Barbacena (Barbacena). O complexo de Especialidades é composto pelos hospitais Alberto Cavalcanti e Eduardo de Menezes e pela Maternidade Odete Valadares; formam o complexo de Reabilitação e Cuidado ao Idoso as antigas colônias de hanseníase que se transformaram em modernos centros de reabilitação, além de oferecer atendimento à população em geral em diversas especialidades médicas. São elas as casas de Saúde Padre Damião (Ubá), Santa Fé (Três Corações), Santa Izabel (Betim) e São Francisco de Assis (Bambuí).

Na Saúde Mental estão o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, o Centro Mineiro de Toxicomania, o Centro Psíquico da Adolescência e Infância, o Instituto Raul Soares e o Hospital Galba Velloso. Um dos desafios enfrentados por essas unidades nos últimos anos foi a transformação do perfil dos pacientes devido ao aumento substancial dos casos de dependência química (de álcool e outras drogas).

Nos últimos anos, a Fhemig consolidou o conceito de Rede, abrangendo todos os aspectos que este termo representa. As unidades têm perfis diferenciados, mas se emparelham num mesmo objetivo: prestar uma assistência integral e de qualidade ao usuário do SUS. A diversidade assistencial é um ponto positivo numa instituição com o porte da Rede Fhemig que consegue viabilizar um fluxo perfeito de atendimento entre os seus hospitais, nos atendimentos na saúde mental, na urgência e emergência, nas cirurgias eletivas, nos exames laboratoriais e de imagem, entre outros, oferecendo sempre equipes multidisciplinares e qualificadas em cada área de sua atuação.

Um referencial de destaque da Fundação é a adoção dos Protocolos Clínicos, instituídos pelos próprios profissionais das unidades assistenciais. Essas normas de procedimento estabelecem com clareza os critérios de diagnóstico, tratamento e mecanismos de controle para acompanhamento e verificação de resultados. Também é destaque nesse aspecto o fato de a própria instituição criar ferramentas de gestão, como foi o caso do Sistema Integrado de Gestão Hospitalar (SIGH). Desenvolvido e mantido pela Fundação, o sistema é um sofware integrado ao ambiente web, com módulos independentes e centralizados em base única que reúne informações das unidades hospitalares.

Quanto à transparência pública, merece referência a criação da “Prestação de Contas ao Paciente”, ou “Conta Paciente”, um projeto que informa ao cidadão, quando recebe alta, os custos hospitalares de seu tratamento.

Com um número de atendimentos que a coloca entre as maiores do país, a Rede é responsável por 6,35% das internações do SUS em Minas, sendo uma das maiores gestoras de hospitais públicos do país. Nos últimos anos, vem ultrapassando os parâmetros tradicionais na área, com práticas gerenciais e assistenciais inovadoras que a tornam modelo de gestão de saúde pública com excelência reconhecida nacionalmente.

A tecnologia e a modernização são importantes ferramentas para a melhoria contínua da assistência. Hoje, a sobrevivência de muitos pacientes é garantida por aparelhos de última geração que garantem exames diagnósticos precisos.

Em virtude de sua tradição na área de ensino, a Fhemig possui cinco hospitais credenciados como hospitais de ensino pelos ministérios da Educação e da Saúde (João XXIII, João Paulo II, Odete Valadares, Júlia Kubitscheck e Raul Soares). Por suas unidades passam, anualmente, mais de 10 mil alunos de diversas instituições de ensino públicas, filantrópicas e privadas, nos mais diversos cursos de graduação da área da Saúde.

A Fundação é uma instituição tradicional na formação de recursos humanos, contribuindo para a especialização de médicos desde o início de suas atividades. Oferece 421 vagas de Residência Médica credenciada pelo MEC em 19 especialidades e 12 áreas de atuação médica. Com estes números, é a maior instituição de Minas Gerais em número de vagas para Residência Médica.

Na área de pesquisa e inovação, a rede estruturou-se formalmente a partir de 2008, criando a Política de Pesquisa e Inovação Tecnológica. A partir de então, foi incentivada a criação de grupos de pesquisa, certificados junto ao CNPq, além da criação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), com o apoio da FAPEMIG. Atualmente, a instituição possui 28 grupos de pesquisa desenvolvendo projetos de investigação em diversas áreas como Saúde Mental, Toxicologia, Infectologia etc. A Fhemig possui em seus quadros 205 mestres e 57 doutores, fato que contribui para o aumento significativo da produção científica institucional.

• 2,3 milhões de internações
  
• 20 milhões de consultas de urgência
  
• 10 milhões de consultas ambulatoriais
  
• 1 milhão de cirurgias
  
• 120 milhões de exames realizados
  
• 3 mil leitos
  
• 1.400 pesquisas
  
• Cerca de 12 mil servidores