O Ambulatório de Coluna do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), da Rede Fhemig, iniciou seus atendimentos há mais de 20 anos, com a finalidade de receber pacientes encaminhados do Hospital João XXIII que necessitavam de um cuidado especializado.
As vítimas de traumas na coluna passaram a ser operados e acompanhados também no HMAL, transformando o ambulatório em referência neste tipo de atendimento no estado. Segundo Diogo Guilherme Gonçalves, ortopedista e coordenador do setor, o principal encaminhamento de pacientes ainda vem do Hospital João XXIII. “Há também uma demanda, porém menor, de pacientes oncológicos vindos do Hospital Alberto Cavalcanti”, diz o ortopedista especializado em cirurgia da coluna. O ambulatório conta hoje com três ortopedistas – dois cirurgiões de coluna e um especializando na área, além de um residente em ortopedia.
De acordo com o profissional, a média é de 26 pacientes atendidos por dia, sendo no máximo 4 simultaneamente. As lesões tóraco-lombares são as mais tratadas no ambulatório, na maioria das vezes resultados de acidentes automobilísticos e quedas de altura, como lajes e andaimes. De acordo com Diogo Gonçalves, em levantamento feito no ambulatório entre abril de 2011 e dezembro de 2012, 23% dos pacientes atendidos foram vítimas de acidentes com carros e motocicletas. “Mergulho em água rasa também é um caso comum”, afirma Diogo.
Outro motivo que vem causando lesões na coluna é a prática de atividades radicais, sem o devido treinamento e acompanhamento: “Antes esses casos era bem incomuns no ambulatório. Agora, apesar de não tão corriqueiro, este tipo de paciente vem aparecendo”, afirma o médico, que aponta o número de pacientes vítimas de violência e armas de fogo como o que mais cresce atualmente no setor.