A Maternidade Odete Valadares (MOV), da Rede Fhemig, maior maternidade pública do estado de Minas Gerais, é referência na ação integral à saúde da mulher e do recém-nascido. Tão importante quanto é o Centro de Terapia Intensiva (CTI) Adulto da unidade.

Especializado no trato de gestantes e puérperas de alto risco, o setor é capacitado para receber qualquer complicação gineco-obstétrica, como por exemplo, urgências e emergências relacionadas à hipertensão - como pré-eclâmpsia e eclâmpsia -, emergências hemorrágicas, quadros infecciosos, e cardiopatias.

Os dez leitos de CTI adulto da MOV contam com uma equipe multidisciplinar treinada, equipamentos de excelência e uma expertise no tratamento desse perfil de paciente. “A interação entre os intensivistas e os obstetras é muito adequada e os resultados são extremamente positivos”, afirma o coordenador do CTI, Achilles Rohlfs.  Segundo Rohlfs, só existem mais dois CTI`s em todo o Brasil especializados neste tipo de tratamento, com qualidade e experiência semelhantes à da MOV: em Campinas e Recife.

O diretor da unidade, Carlos Senra, ressalta que, por todos os motivos expostos, o setor está preparado para receber pacientes de todas as regiões do estado. “O CTI é referência para internação de mães de Belo Horizonte, Região Metropolitana, e interior de Minas Gerais, que porventura venham a necessitar de terapia intensivista”, salienta.

Toda a experiência dos profissionais do CTI adulto do hospital fez com que em 2012 a taxa de mortalidade materna na unidade fosse de apenas 1%. De acordo com Rohlfs, esta taxa nunca foi inferior a 4% na MOV, e o tema foi até assunto de mestrado. O trabalho fez uma comparação da mortalidade materna na MOV e em outras maternidades do mundo, e a unidade da Fhemig apresentou níveis correspondentes aos da Holanda. “Nossa qualidade assistencial é comparável aos de países referência no assunto”, diz o coordenador do CTI.

De hoje (16) ao dia 18 de maio, será realizado o XIII Congresso Mineiro de Medicina Intensiva no Ouro Minas Palace Hotel em Belo Horizonte, Minas Gerais. Na ocasião, será apresentado um trabalho realizado por cinco enfermeiras do CTI da MOV sobre o processo de sistematização da assistência de enfermagem dentro do setor na unidade. O nome do projeto é “Diagnóstico de Enfermagem para gestante com ruptura hepática – um estudo de caso”.

De acordo com Ana Carolina Moreira Vale, uma das enfermeiras intensivistas envolvidas na pesquisa, o trabalho foi baseado no caso clínico de uma paciente e no levantamento dos principais diagnósticos realizados para ela. “Fizemos esse estudo de caso e temos a intenção de implantar um projeto piloto, para começarmos a nos familiarizar com esse tipo de procedimento”, explica a profissional.