Proteção do meio ambiente é prioridade na Rede Fhemig

Proteção do meio ambiente é prioridade na Rede Fhemig
Foto: Rosemeire Carvalho
Resíduos transformam-se em adubo

Teve início em outubro, no Instituto Raul Soares, da Rede Fhemig, um projeto piloto de reaproveitamento de resíduos orgânicos da cozinha (frutas, verduras e legumes) e das áreas externas (folhas e restos de poda) para compostagem - processo de decomposição ou degradação de materiais orgânicos pela ação de microorganismos, para geração de adubo orgânico. Hoje, o IRS gasta mensalmente cerca de R$2.640,00 com a locação de caçambas para destinação de folhagem e podas do jardim.

 

Além da redução desse custo, o projeto visa também proporcionar atividades de Terapia Ocupacional aos pacientes mais capacitados, visto que serão realizadas oficinas de jardinagem com o plantio de mudas e manutenção do jardim, inclusive com uso do adubo de ótima qualidade produzido na composteira. O empreendimento tem, praticamente, custo zero e irá suprir os jardins da instituição de fertilizantes, além promover a educação ambiental de servidores e pacientes.

A iniciativa é do Núcleo de Gestão Ambiental da fundação, que coordena diversas ações em prol do desenvolvimento sustentável e pretende levar a ideia para outras unidades da Fhemig que possuem extensas áreas verdes.

Jardim do HJK é considerado um oásis

Foto: Ilka Martins Machado

Com uma área total de aproximadamente 235.000 m2, o Hospital Júlia Kubitscheck tem uma das maiores áreas verdes dentre as 21 unidades hospitalares da Fhemig. Um viveiro de mudas foi implantado no hospital com o reaproveitamento de mudas sem valor comercial, que seriam descartadas (desidratadas, quebradas) e o projeto de construção de uma estufa está em andamento. “Eu acredito na cura através dos olhos”, afirma a paisagista Maria Aparecida Cunha, que cuida do manejo (poda e recuperação das mudas doadas) e da distribuição para as outras unidades. Segundo ela, o viveiro hoje já tem cerca de 300 mudas de azaléias prontas para serem plantadas.

Está sendo realizado um inventário de todas as árvores para identificar as espécies e a fitossanidade (o estado de saúde) de cada uma. A análise é importante para evitar acidentes, já que algumas árvores são bastante antigas, incluindo espécies nativas. “É preciso identificar as que estão secas, com necrose, fungos. Algumas correm risco de queda, por isso a importância da manutenção”, informa Maria Aparecida. A arborização é de grande importância, principalmente nos grandes centros urbanos, pois melhora a qualidade do ar, reduz a propagação do som e a temperatura, proporcionando um ambiente mais agradável para todos.

O jardim do HJK tem uma cascata com carpas e barrigudinhos (espécie que come a larva do mosquito transmissor da dengue), montada com sistema de reutilização da água. A assistente social Sara Corgozinho conta que uma paciente em surto psicótico se acalmava olhando a fonte. “Ela dizia ‘vou lá ver os peixes’ e voltava mais calma”, lembra Sara. Para ela o jardim é palco de encontros, um espaço de convivência para os pacientes, especialmente para as crianças que não podem entrar no hospital. “Tem gente que faz até piquenique aqui”, brinca.  Para os funcionários, o local proporciona uma pausa relaxante na rotina pesada de trabalho. “Isso aqui é um privilégio”, finaliza.

Respeito à natureza

Atendendo às exigências legais para manutenção de sua licença ambiental, também estão sendo realizadas ações na Maternidade Odete Valadares, dentre elas o plantio de mudas de árvores na área interna e nos passeios públicos do entorno. As ações do Núcleo de Gestão Ambiental da Fhemig estão em consonância com a legislação brasileira referente às atividades relacionadas ao meio ambiente e representam o esforço da instituição na busca de exercer suas atividades com respeito à natureza e à sociedade.

Recentemente foi feita a revitalização dos jardins do Hospital Eduardo de Menezes, inclusive com a recuperação da pavimentação e meios fios das áreas de circulação, o que proporciona mais conforto para pacientes e funcionários. Outra ação do NGA foi a conclusão do jardim da entrada do prédio da Administração Central. Maria Aparecida destaca a importância das árvores frutíferas para a preservação de diversas espécies animais e informa que em algumas unidades da Fhemig encontram-se micos, esquilos e até tucanos e araras.