O Hospital João XXIII, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), participou, na tarde de hoje, de uma simulação de acidente aéreo, promovido pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A simulação contou com a participação do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, da Polícia Civil, da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
O acidente simulado teve quinze vítimas, das quais duas foram levadas ao Hospital João XXIII pelo resgate aéreo. Segundo o enfermeiro José Flora da Silva Neto, coordenador da Unidade de Emergência do hospital, “esse exercício faz parte da nossa rotina. Desse modo, o treinamento serviu para nos certificarmos de que os procedimentos realizados pelo hospital estão de acordo com as normas de qualidade e segurança dos atendimentos”, pontua.
José Flora chama a atenção para o fato de que o tempo registrado, da plataforma do heliponto até a sala de reanimação do Hospital João XXIII, foi de dois minutos e vinte segundos, “comprovando, assim, a eficiência da equipe multidisciplinar que atua no HPS”, enfatiza o coordenador da emergência.
Do mês de dezembro de 2010, quando foi inaugurado o heliponto, até julho deste ano, o Hospital João XXIII registrou mais de 100 atendimentos de urgência e emergência na plataforma do heliponto. “Somente no mês de junho, foram registrados vinte atendimentos”, frisa o enfermeiro.
Para Magda Aparecida Keltker, gerente de Apoio Diagnóstico e Terapêutica do Hospital, “a participação da equipe do João XXIII no treinamento da Infraero permite agregar valores e alinhar os processos de trabalho”, ressalta. Em dezembro do ano passado, o Hospital João XXIII realizou três treinamentos com a participação do Batalhão de Operações Aéreas, visando o aperfeiçoamento da equipe de emergência, lembra a gerente.
Para o diretor geral do Hospital João XXIII, Eduardo Ligouri, a simulação da Infraero, com a participação efetiva da equipe do hospital, vem coroar o papel do heliponto na medicina pré-hospitalar da Região Metropolitana de Belo Horizonte. “O hospital se orgulha pelo número de resgates aéreos realizados até hoje e espera que a redução do tempo, entre a ocorrência do acidente e o atendimento no bloco cirúrgico, tenha possibilitado a muitos pacientes darem continuidade a suas vidas. Esse treinamento reafirma o nosso interesse em manter um estreito relacionamento entre todos os órgãos envolvidos na defesa da saúde e segurança da população”, finaliza o diretor geral.
O coordenador de Segurança Aeroportuária da Infraero (em exercício), Wanderson Luiz Ferreira destaca que com a simulação, “nós conseguimos integrar todos os órgãos para o atendimento em uma emergência aeronáutica”. Ele ressalta, ainda, que há uma consonância de procedimentos em todo o mundo, nos países filiados a Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO), no sentido da execução dos procedimentos. Além disso, antes da simulação é ministrado um curso para a comunidade aeroportuária, visando formar um corpo de voluntários de emergência. “Desse modo, durante a simulação, esses voluntários participam como socorristas e maqueiros (aqueles que executam as técnicas aprendidas para o transporte de vítimas, prática crucial para o salvamento)”, finaliza o coordenador de Segurança Aeroportuária da Infraero.