Fhemig obtém redução nos indicadores de infecção hospitalar

Foto: Christina Marândola <BR />A Fhemig obteve redução em 62% dos 21 indicadores de infecção monitorados
Foto: Christina Marândola
A Fhemig obteve redução em 62% dos 21 indicadores de infecção monitorados
Os índices apresentados pela Fundação foram elogiados na Fifth Decennial International Conference on Healthcare – Associated Infections, que aconteceu em março, em Atlanta, Geórgia, Estados Unidos. Os bons resultados fazem com que a Fhemig tenha uma importante participação neste Dia Nacional de Controle de Infecções Hospitalares (15 de maio).

 

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) obteve redução em 62% dos 21 indicadores de infecção monitorados em 20 unidades assistenciais, em relação aos índices de 2009. A Fhemig realiza em torno de 30 mil cirurgias ao ano. A taxa de infecção em cirurgias não contaminadas, atualmente, é de 1,45%, bem abaixo do limite esperado, no parâmetro nacional, de até 5%.

Segundo a médica epidemiologista e intensivista Adriana Magalhães, do Serviço de Vigilância Hospitalar da Rede Fhemig, grande parte deste resultado se deve ao trabalho das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH’s), que tem uma melhor organização e atuam efetivamente na prevenção, no controle e na notificação de casos. “Temos hoje profissionais capacitados, o que dá uma maior confiabilidade nos dados, seja na prevenção ou na notificação. Todas as equipes estão estruturadas, atualizadas, são pró-ativas e integradas com o movimento de segurança do paciente”.

Boas práticas, ótimos resultados

A médica também lembra que cada uma das equipes atende um perfil assistencial, ou seja, se adequam à rotina de atendimento de sua unidade. Esta diferenciação tem gerado procedimentos eficazes no controle à infecção. A maior parte das unidades da Rede Fhemig, por exemplo, já elaborou um “manual de boas práticas” na prescrição de medicamentos antimicrobianos nefrotóxicos (nocivos aos rins).

Outros exemplos mostram que as comissões têm caminhado no caminho certo. No primeiro trimestre de 2010, houve taxa zero de infecção da corrente sanguínea no Centro de Terapia Intensiva - CTI do Hospital João Paulo II. As taxas já estavam boas no ano passado: a média foi de 3,2/ 1.000 cateteres-dia, bem abaixo da média de referência dos países da América do Sul, que é de 7,8. No Hospital João XXIII, maior unidade de urgência e emergência do Estado, a taxa de infecção da corrente sanguínea, este ano, foi 50% menor que a referência internacional de 17,7 em CTI’s neurocirúrgicos (International Nosocomial Infection Control Consortium/ INICC 2003-2008).

Álcool-gel

No ano passado, durante o período de maior contaminação da gripe Influenza A H1N1, a Diretoria Assistencial da Fhemig normatizou a desinfecção das mãos, com álcool-gel, na entrada de todas as unidades assistenciais. “Isso continua sendo mantido, é uma medida importante para evitar a contaminação entre os pacientes e os visitantes nos hospitais”, diz Adriana.

Recentemente, foi também adquirido o álcool-gel “de bolso”, para aumentar a adesão dos profissionais de saúde. Desta forma, o profissional poderá carregar consigo o frasco e facilitar a descontaminação em qualquer ambiente do hospital. Afinal, o álcool-gel se revelou uma ferramenta importante na prevenção de doenças. Mas é bom lembrar que a higienização das mãos sempre começa com água e sabão.

Oficina Integrada reúne CCIH´s do Estado

No dia 18/05 acontece uma oficina integrada que reúne profissionais dos CTI’s e das CCIH’s dos hospitais da Rede Fhemig, e dos hospitais das Clínicas, Municipal Odilon Behrens, Rizoleta Neves, no Instituto de Educação Continuada (IEC) da PUC Minas. O objetivo é implantar um pacote de redução de mortalidade para pneumonia hospitalar e infecção da corrente sanguínea relacionada a catéter.

A Fhemig

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) é a maior rede de hospitais públicos da América Latina. Criada em 1977, a Fhemig, além da Administração Central e o Complexo MG Transplantes, mantém 21 unidades assistenciais, sendo 9 no interior do Estado e 12 na capital, Belo Horizonte.

Para prestar assistência à população de Minas Gerais e de outros Estados, a Rede oferece serviços especializados, de referência, em atenção ao trauma, hospitais gerais, maternidades, hospital de infectologia, hospitais psiquiátricos, além de leitos asilares que abrigam pacientes hansenianos. São, ao todo, 3 mil leitos hospitalares. Em 2009, ocorreram 64.230 internações, sendo 5.193 em CTI Adulto e 1.953 em CTI Pediátrico e Neonatal.

 

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